Um escudo no céu
Toda a vida na Terra depende da
existência de uma camada fina de um gás venenoso no alto da atmosfera: a camada
de ozônio.
O ozônio é uma molécula
constituída por três átomos de oxigênio. Ele é um componente extremamente raro
da atmosfera da Terra: em cada dez milhões de moléculas de ar, cerca de três
são de ozônio. A maioria (90%) é encontrada na camada superior da atmosfera (a
estratosfera), entre 10 e 50 km (6-30 milhas) acima da superfície terrestre.
Esta "camada de ozônio" absorve quase toda a radiação ultravioleta
nociva (UV-B) que emana do sol. Desta maneira, ela protege plantas e animais do
UV-B, que em doses elevadas pode ser particularmente danoso para a vida
natural. A absorção do UV-B pela camada de ozônio também cria uma fonte de
calor, desempenhando um papel fundamental na estrutura de temperatura do
planeta.
A fina camada de ozônio na
estratosfera se encontra em sua espessura máxima entre 20 e 40 quilômetros
acima da superfície. O ozônio também se acumula próximo ao solo na troposfera,
onde é um poluente que causa problemas.
A
destruição do ozônio
Qualquer dano à camada de ozônio
permite então que mais radiação UV-B atinja a superfície da Terra. Ao longo dos
anos 70 e 80, o cientistas começaram a suspeitar, e então a detectar, um
crescente afinamento da camada de ozônio. Isto foi acompanhado de aumentos no
UV-B que atingia a superfície; em 1994, os níveis de UV-B estavam cerca de
8-10% mais elevados do que 15 anos antes em 45°N e S (a latitude de Ottawa e
Veneza no hemisfério norte, e de Dunedin no hemisfério sul), com maiores níveis
em direção aos polos, particularmente no hemisfério sul. O próximo capítulo explica
porque este dano à camada de ozônio está ocorrendo.
Qualquer aumento da quantidade de
UV-B que atinge a superfície da Terra tem efeitos potencialmente nocivos à
saúde humana, aos animais, plantas, micro organismos, materiais e à qualidade
do ar. Nos seres humanos a exposição ao UV-B a longo prazo está associada ao
risco de dano à visão: estima-se que um aumento de 1% na destruição do ozônio
estratosférico resulte num aumento de 0,6-0,8% na incidência de catarata
(100.000 a 150.000 casos a mais no mundo todo). A radiação UV-B pode causar
supressão do sistema imunológico, um problema potencialmente grave em áreas
onde doenças infecciosas são comuns. Em populações de pele clara, exposição
elevada a UV-B é o fator de risco principal no desenvolvimento do câncer de
pele; experimentos sugerem que os casos aumentam em 2% para cada 1% de redução
do ozônio estratosférico.
Entretanto, a exposição moderada,
que ajuda a formar vitamina D na pele, é benéfica. O risco de câncer de pele
mais sério, com melanoma, também pode aumentar com a exposição a UV-B,
particularmente durante a infância. O melanoma é agora um dos tipos de câncer
mais comuns entre as pessoas de pele branca.
Animais estão sujeitos a efeitos
semelhantes com o aumento do UV-B. A vida marinha é particularmente vulnerável
ao UV-B, razão para certa preocupação, uma vez que mais de 30% da proteína
animal para consumo humano do mundo vem do mar. O UV-B prejudica os estágios
iniciais do desenvolvimento de peixes, camarão, caranguejo e outras formas de vida
aquáticas e reduz a produtividade do fito plâncton, base da cadeia alimentar
aquática. Vivendo em sua maioria próximos aos polos e assim particularmente
expostos ao impacto da destruição da camada de ozônio, o fito plâncton poderia
sofrer uma perda de 5% em número como resultado de uma nível de destruição do
ozônio de 16% - o que se traduz numa perda de cerca de 7 milhões de toneladas
de peixe por ano. O crescimento vegetal pode também ser diretamente reduzido
pela radiação UV-B, prejudicando a produtividade e a qualidade das colheitas e
danificando florestas. Reduções na produtividade dos ecossistemas marinhos e
terrestres poderiam por sua vez reduzir o consumo de CO2, contribuindo assim
para o aquecimento global.
Materiais sintéticos, tais como
plástico e borracha, e materiais naturalmente ocorrentes tais como madeira, são
afetados pelo UV-B: o dano causado varia da descoloração à perda de resistência
mecânica. Aumentos no UV-B podem limitar a durabilidade destes materiais e
exigir processos de produção mais caros.
Finalmente, reduções do ozônio
estratosférico e os consequentes aumentos de UV-B têm efeitos importantes na
troposfera, a região inferior da atmosfera. A sua reatividade se altera,
aumentando tanto a produção quanto a destruição do ozônio, que neste nível é um
poluente, causando irritação nos olhos e pulmões. Em muitas áreas o ozônio
troposférico está agora crescendo em concentração como subproduto da ação da
luz solar sobre as emissões dos escapamentos de veículos, solventes
industriais, tintas e queima de biomassa. Mudanças na concentração de outros
oxidantes podem afetar também a vida na atmosfera de outros gases
climaticamente importantes - indicando a possibilidade de relações complexas e
potencialmente nocivas entre a redução do ozônio estratosférica, a química
troposférica e a mudança climática.
Fonte: www.ambiente.sp.gov.br
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