A atuação humana nos ecossistemas
Vamos falar sobre o que podemos
fazer para tentar solucionar ou ao menos minimizar a atuação humana nos
ecossistemas.
É notável que toda e qualquer
atividade humana causa impactos substanciais ao meio ambiente. Pensemos no caso
do Brasil com suas atividades pecuaristas. O rebanho brasileiro é extremamente
grande, superior a 150 milhões de cabeças de gado em uma região proporcionalmente
extensa, também superior aos 150
milhões de hectares. Essas atividades nas últimas décadas são as que geraram
problemas ambientais, não apenas no tocante à conhecida emissão de gases
estufa, mas também mazelas relacionadas à destruição de ecossistemas, poluição
hídrica, degradação do solo.
A solução para esse problema
específico não necessariamente é parar o consumo de carne. Algumas atitudes
podem ser tomadas (na verdade devem ser cobradas pelo governo) conduzindo o
pecuarista à uma forma de produção mais responsável e sustentável.
• Cumprimento da legislação ambiental e
trabalhista;
• Implementação de medidas
conciliadoras de produção e conservação;
• Implementação da tão falada economia
sustentável;
• Rastreabilidade do rebanho;
Em relação à pecuária há ainda
outro problema (esse também se estende à agricultura) que é o desperdício de
água. A UNESCO realizou um estudo e mediu aproximadamente quantos litros de
água são gastos para produção de diversos produtos, o resultado é alarmante.
1 kg de carne de frango = 3.900 litros de água
300 g de carne de porco = 1.440 litros de água
1 kg de milho = 900 litros de água
1 kg de trigo = 1300 litros de água
É impossível imaginar a vida sem
produtos do gênero acima citado então é preciso aliar produtividade e
preservação, uma vez que tais produtos são indispensáveis, mas, promovem grande
desgaste ambiental. Para a agricultura uma das formas de reduzir o desperdício
de água poderia ser a implementação de formas de irrigação mais proveitosas e
com menor prejuízo para a natureza, atualmente acredita-se que o meio mais
econômico de irrigação é o de gotejamento que oferece a água diretamente à base
da planta, reduzindo também a quantidade gasta quando comparada com os outros modelos.
Saindo dos ramos agropecuaristas
e chegando às grandes cidades é possível notar que há também ações simples que
podem ser adotadas em nossas casas e que se levadas a sério reduzem bastante o
impacto gerado pelo homem nos ecossistemas, tais como:
• Redução no período de banho que
economiza tanto água como energia;
• Separação de resíduos (lixo) e
destinação do mesmo para reciclagem;
• Utilização de técnicas de
compostagem (não é preciso um grande quintal, pode ser feito em um caixote com
terra. Bom para casas, mas, inadequado para apartamentos);
• Manejo sustentável de áreas
florestais, regiões de cerrado, etc;
• Redução do consumismo;
• EDUCAÇÃO E CONSCIÊNCIA, esse é
o mais importante.
Obviamente a agricultura e a
pecuária não são os únicos causadores dos problemas ambientais do Brasil, temos
ainda a industria, o destino impróprio do lixo, esses são apenas exemplos.
Mas as ações acima citadas com
pequenas modificações podem servir como molde para ações futuras em todas as
áreas relacionadas à temática ambiental. Se levadas a sério, à médio e à longo
prazo podem gerar mudanças substanciais. O ser humano é dotado de racionalidade
e deve usá-la para o que realmente convém.
Milhares de pessoas ao redor do
mundo acreditam que os problemas do meio ambiente são de interesse e
preocupação apenas de biólogos e afins, o que é errado. Todos nós estamos
sujeitos às consequências da má utilização do ambiente que nos cerca.
Achar que o problema não é seu
(nem meu) é ignorância e infantilidade, pois esse é um problema nosso sim, ora,
o ser humano transformou o planeta no que ele é hoje. Esperar as instituições
governamentais agir pode ser arriscado uma vez que esses estão preocupados
apenas com os exageros do capitalismo.
É hora dessa geração ‘arregaçar’
as mangas e atuar, sair da sua zona de conforto e começar a lutar, exigir que a
legislação ambiental (mesmo sendo um fiasco) seja cumprida.
Comentários
Postar um comentário