Mitigação
Mitigação, em ambiente consiste
numa intervenção humana com o intuito de reduzir ou remediar um determinado
impacto ambiental nocivo.
De modo simplificado, a mitigação
envolve todo tipo de intervenção humana voltada para a redução de emissões dos
gases do efeito estufa (GEEs), de forma a atingir o objetivo central da
Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (CQMC) e do Protocolo de Kyoto, que é a
estabilização desses gases na atmosfera em um nível que evite interferência
antrópica perigosa sobre o sistema climático.
Dois instrumentos básicos para a
mitigação consistem na produção de informação científica de apoio, que tem como
principal ator o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), e o
desenvolvimento de iniciativas voltadas para a redução de GEEs, a cargo dos
formuladores de políticas públicas, que é a etapa mais importante do processo
por ser a instância que concretiza o esforço de mitigação.
Existem cinco áreas listadas no
Artigo 3.1 da CQMC em que se concentram as ações de mitigação, por
corresponderem às principais atividades emissoras: energia, processos
industriais, uso de solventes e similares, agricultura e resíduos. Além do
controle das fontes emissoras, a mitigação envolve também o conceito de
sumidouros, que são processos que eliminam GEEs da atmosfera. Os principais
sumidouros são as florestas e outros tipos de vegetação que retiram dióxido de
carbono por meio da fotossíntese.
O sucesso das diversas
modalidades de mitigação dependem do grau de comprometimento de cada país no
esforço de redução de emissões. A Convenção estabelece compromissos gerais
nesse sentido, como pesquisa, observação sistemática e capacitação técnica, e
aborda temas específicos sobre o assunto, ainda que às vezes de maneira difusa
em seu texto. São eles: inventários e programas nacionais, integração,
sumidouros e reservatórios, LULUCF (do inglês Land Use Land Using Change e
Forestry, Uso da terra, Mudança de Uso da terra e Florestas e políticas e
medidas).
Mas as Partes do Anexo I estão
atreladas a compromissos mais rígidos, que envolvem desenvolvimento e
coordenação de políticas e medidas para a mitigação das mudanças climáticas;
alcance de metas quantificadas em um determinado período de tempo; realização
conjunta de compromissos de mitigação por meio de iniciativas domésticas e
internacionais; considerar no planejamento de políticas as necessidades e
circunstâncias específicas dos países em desenvolvimento vulneráveis a impactos
climáticos e/ou a impactos decorrentes da adoção de medidas de mitigação. Todos
esses compromissos devem ser reportados de maneira transparente e verificável
por meio de relatórios nacionais.
Fonte: www.bioclimatico.com.br
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