tag:blogger.com,1999:blog-25013811037676649752024-03-09T23:45:53.574-03:00Meio Ambiente TécnicoEste Blog é dedicado a todos que compartilham de uma forma ou de outra para preservação de nosso Ambiente, nosso Planeta. Lembrando que tudo que está ao nosso redor faz parte desta rede que chamamos de Meio Ambiente e que nos da vida. Sintam-se à vontade e deleitem-se com as informações, afinal são preparadas para vocês aumentarem em conhecimentos. Sejam Bem Vindos.Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.comBlogger1469125tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-37812507206778624292020-08-14T11:45:00.002-03:002020-08-14T11:48:52.250-03:00Combate à Poluição<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyp9K-FtV-_14A5qsdFbWYXeLvJs3Lfvx-fiMki1FEcG6VYDBC4IOHY3pgpUJfwLD4CrV3Zy0IVNSEy1-Gce0MUKcH9iYfgaeQItI5QEk0JUWincb-3YzsIOEaMhJbWd2PtXEts0uzes-p/s600/Combate+%25C3%25A0+Polui%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyp9K-FtV-_14A5qsdFbWYXeLvJs3Lfvx-fiMki1FEcG6VYDBC4IOHY3pgpUJfwLD4CrV3Zy0IVNSEy1-Gce0MUKcH9iYfgaeQItI5QEk0JUWincb-3YzsIOEaMhJbWd2PtXEts0uzes-p/s0/Combate+%25C3%25A0+Polui%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O Dia do Combate à Poluição é
comemorado em 14 de agosto e tem por objetivo alertar todas as esferas da população
sobre o grave problema ambiental que enfrentamos e buscar medidas para conter a
degradação do nosso planeta.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">O que é poluição? -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A poluição é geralmente definida como a
degradação física e química do meio ambiente. De acordo com a Lei nº 6.938, de
31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,
ela é considerada a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades
que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem
desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entende-se, portanto, que a
poluição é um processo que afeta não só o ambiente, como também todos os seres
vivos, incluindo a população humana e suas atividades econômicas e sociais.
Diante disso, é essencial que, para a saúde do planeta e das gerações futuras,
tomemos medidas rápidas para evitar o aumento das alterações do meio ambiente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Quais são os tipos de poluição? -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A poluição não está relacionada apenas com o
descarte incorreto do lixo e com o lançamento de poluentes na atmosfera.
Existem diversos tipos de poluição, inclusive aqueles conhecidos por muitos
apenas como uma perturbação, como é o caso da poluição produzida pelo excesso
de sons.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poluição atmosférica:</b> Poluição caracterizada pela alteração da
composição do ar e desencadeada, entre outras causas, por indústrias,
automóveis e até mesmo fatores naturais, como atividades vulcânicas. Essa
poluição relaciona-se com o agravamento do efeito estufa e o surgimento de
chuva ácida.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poluição hídrica: </b>Poluição que afeta as propriedades físicas,
químicas e biológicas da água, comprometendo a sua qualidade. Uma das
principais fontes desse tipo de poluição é o despejo de resíduos urbanos em
rios e lagos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poluição do solo:</b> Essa poluição caracteriza-se pelo acúmulo e
infiltração de agentes poluentes no solo. A poluição do solo está muito
relacionada com o descarte inadequado de lixo e contaminação por produtos agrícolas,
tais como agrotóxicos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poluição radioativa:</b> é aquela causada pela liberação de algum tipo
de radiação. Esse tipo de poluição é o mais grave e está associado a danos
sérios à saúde da população afetada, como lesões em tecidos e órgãos, surgimento
de tumores e mutações.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poluição sonora:</b> é aquela ocasionada por sons e vibrações de volume
muito alto. Apesar de muitas pessoas não darem a devida importância a esse tipo
de poluição, ela é grave e pode causar problemas cardíacos e mau humor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poluição visual:</b> Esse tipo de poluição causa incômodo a quem vê, uma
vez que deixa o ambiente carregado. Ela é gerada pelo número excessivo de
propagandas, outdoors, posters e cartazes.<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Como
posso contribuir para a diminuição da poluição no planeta<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Muitas vezes, mesmo sem perceber,
estamos contribuindo para a poluição do planeta. Quando utilizamos muito o
carro ou quando não separamos nosso lixo, por exemplo, estamos ajudando a
deixar o planeta cada vez mais sujo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Podemos fazer nossa parte com
atitudes muito simples, tais como:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Separar o lixo orgânico e
reciclável;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Evitar o uso de sacolas
plásticas;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Reutilizar embalagens sempre que
possível;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Evitar utilizar o carro,
preferindo sempre caminhadas, bicicletas e transporte público;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não jogar lixo nas ruas;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Não realizar queimadas;<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sempre que possível levar o óleo
utilizado na cozinha para postos de coleta apropriados.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E nunca se esqueça, pode achar
que faz pouco, mas, faça também a sua parte!!!<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Fonte: <span style="color: #04ff00;">Mundo Educação UOL</span> </p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><br /></div><p></p>Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-38424313080167825332020-06-22T17:07:00.000-03:002020-06-22T17:07:00.393-03:00A RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E A PANDEMIA DE CORONAVÍRUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8K7WnkJXoLbpxVq1PpjVeXGM6UThFjUibu-nBjt4wXiGSHxQNid9v-8bBjUoh7i5gOuS5PPit3edfcY9WNE_1-WOacsFF-7-OPNz3aTOVVBPCzTJbP750TgnAFB-nqXzvSmV59GHpekwX/s1600/A+rela%25C3%25A7%25C3%25A3o+entre+o+meio+ambiente+e+a+pandemia+de+coronav%25C3%25ADrus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="402" data-original-width="402" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8K7WnkJXoLbpxVq1PpjVeXGM6UThFjUibu-nBjt4wXiGSHxQNid9v-8bBjUoh7i5gOuS5PPit3edfcY9WNE_1-WOacsFF-7-OPNz3aTOVVBPCzTJbP750TgnAFB-nqXzvSmV59GHpekwX/s320/A+rela%25C3%25A7%25C3%25A3o+entre+o+meio+ambiente+e+a+pandemia+de+coronav%25C3%25ADrus.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mundo parou. Os humanos estão
recolhidos e amedrontados. A economia preocupa e há quem diga que o “day after”
será mais difícil que o dia de hoje. Digladiam-se, ao invés de convergir, os
que defendem a proteção da vida (isolamento social, redução de atividades) e os
que defendem a proteção da economia (continuidade das atividades econômicas,
proteção do emprego e da renda, proteção do trabalhador informal). Os
cientistas buscam a origem da epidemia, vacinas que evitem e remédios que curem
a doença: uma febre, mal estar, tosse seca que pode evoluir para uma séria
pneumonia, bloqueio dos pulmões e morte por insuficiência respiratória. A
doença é transmitida por contato pessoal, de pessoa a pessoa; e a rapidez com
que se espalhou pelo planeta, país a país, e com que contaminou em poucos dias
boa parte da população, surpreende.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qual a relação da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b><span style="color: red;"> </span>com o meio ambiente? Não tenho em mãos estudos
científicos, trabalhos acadêmicos ou o necessário distanciamento, no tempo e no
espaço, para um artigo de maior profundidade; mas não custa tentar entender
algo do que aconteceu e do que pode acontecer a partir das entrevistas, das
publicações e da incessante atividade de estudiosos e jornalistas conscientes.
Este artigo não tem pretensão científica; é apenas uma colocação inicial do
tema, uma reflexão nestes tempos pandêmicos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b><span style="color: red;"> </span>é
causada por um vírus: os únicos organismos acelulares da Terra, seres muito
simples e pequenos formados por uma cápsula proteica envolvendo o material
genético. O nome vem do latim “vírus” (fluído venenoso ou toxina) e designa os
vírus biológicos e, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma
parasitária. Não são células: o vírus é uma partícula sem metabolismo próprio
que, para executar seu ciclo de vida, busca um ambiente que tenha o que lhe
falta. Esse ambiente é o interior de uma célula que efetuará a síntese da
proteína do vírus e, simultaneamente, fará a multiplicação do material genético
viral; por isso são parasitas obrigatórios do interior celular, pois se reproduzem
pela invasão e controle da máquina de reprodução celular. O vírus muitas vezes
adere à parede da célula e “injeta” o seu material genético como uma seringa,
ou então entra por englobamento em que a célula “engole” o vírus e o introduz
no seu interior. A reprodução ocorre de duas maneiras: o vírus invade e assume
o controle da célula, produz novos vírus, a célula se rompe e libera os vírus
produzidos, que invadirão outras células (ciclo lítico); ou então, após a
invasão o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada que continua suas
operações normais; o material genético do vírus é duplicado nas células-filhas
a cada mitose, causando doenças que tendem a ser incuráveis, como a AIDS (ciclo
lisogênico).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os coronavírus são um grupo de
vírus conhecido dos humanos desde a década de 1960, causa comum de infecções
respiratórias brandas a graves de curta duração; nesse grupo estão os vírus
SARSr-CoV, que causa a síndrome respiratória aguda grave (SARS), que apareceu
em 2002 na China e se espalhou rapidamente para mais de doze países na América
do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, infectando mais de 8.000 pessoas com
aproximadamente oitocentas mortes, e SARS-Cov-2, que causa a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b>,
a atual pandemia que até 26 março de 2020 atingiu pelo menos 510.000 pessoas em
mais de 200 países e territórios, com grande surto na China continental,
Itália, Estados Unidos, Espanha e Alemanha, com aproximadamente 15.000 mortes.
Transmite-se de pessoa a pessoa com enorme rapidez, mas não é um vírus
resistente: cede à água e sabão, medida comuns de higiene, e não sobrevive
muito tempo se não for absorvido por outra pessoa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">MORCEGO E PANGOLIM<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A hipótese mais provável é ter
origem em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">morcegos </b>(que não adoecem
dele, por causa de seu especial metabolismo), daí passou para o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pangolim</b> (uma espécie africana, que
lembra o nosso tatu, procurado na China pelo sabor da carne e por ditas
propriedades medicinais) (fala-se nele, pois os estudos indicam que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b><span style="color: red;"> </span>é 99% igual ao vírus do pangolim, porcentagem esta
ainda não oficial), e dele para os humanos. Essa tripla passagem é rara, pois o
curto espaço de vida do vírus exige que os três animais: o morcego, o pangolim
e o humano, estejam juntos no mesmo tempo e lugar. Aí entra o mercado de Wuhan,
onde animais vivos, domésticos e selvagens de todo o mundo, ficam empilhados em
engradados, um em cima do outro, de modo que os debaixo recebem os resíduos dos
que estão em cima (fezes, urina, sangue, pus, seja o que for) e assim se
contaminam, se algum acima carregar o vírus; e ali são comprados e consumidos
por humanos. O período em que o humano é assintomático e a facilidade da
transmissão explica a rápida expansão da epidemia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">MORCEGOS E A COVID-19: VILÕES OU VÍTIMAS<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Zoólogos e infectologistas
indicam que mudanças no comportamento humano, destruição de habitats naturais
somados ao rápido movimento de pessoas no planeta, facilitou a transmissão de
doenças antes circunscritas à natureza distante. Morcegos são os únicos
mamíferos que voam, por isso as colônias se movimentam por uma grande área. Os
vírus que neles se desenvolvem aprendem a suportar a elevação da temperatura
corporal durante o voo, e por consequência acabam resistindo à febre humana (um
meio de defesa), quando nos atacam. Segundo Andrew Cunningham, Professor de
Epidemiologia Selvagem na Sociedade Zoológica de Londres, a transferência
inter-espécies decorre da atividade humana: quando o morcego está assustado ou
estressado por ser caçado, ou porque seu habitat está sendo destruído pelo
desflorestamento, seu sistema imunológico enfraquece e tem dificuldade de
controlar tais patógenos; a infecção aumenta e é excretada ou expelida. O “stress”
porque passam os animais selvagens nos mercados de animais vivos como em Wuhan
leva à excreção mais acentuada dos animais contaminados, que atinge animais
também engaiolados, nervoso e estressados, com menor resistência. Kate Jones,
Professora de Ecologia e Biodiversidade no University College London lembra o
aumento exponencial do transporte de animais e que a destruição de seus
habitats em troca de paisagens mais “humanas” causa o contato entre animais de
uma maneira anormal, que nunca aconteceu antes, ainda mais quando empilhados em
gaiolas em mercados desse tipo. Interações que se continham no local onde
ocorreram agora se espalham por grandes áreas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Instituto de Virologia de
Wuhan, na China, tem cepas de vírus encontrados em morcegos; mas nega que elas
sejam do micro-organismo que causa a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Agora temos três cepas de vírus.
Uma delas tem uma similaridade de 96% com o Sars. Mas a maior similaridade
genética delas com o vírus que está se espalhando pelo mundo é de apenas
79,8%", disse a diretora do laboratório, Wang Yanyi, ao canal estatal
chinês CGTN. "Sabemos que o genoma inteiro do Sars-Cov-2 é apenas 80%
similar ao do vírus Sars. É uma diferença óbvia."A ciência ainda está investigando
qual foi a origem exata da pandemia de <b><span style="color: red;">Covid-19</span></b>. Estudos já apontaram que o novo vírus
não foi uma criação humana: é mais provável que ele tenha evoluído
naturalmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como morcegos já convivem com
tipos de coronavírus há muito tempo – há milhões de anos, segundo uma pesquisa
recente –, pesquisadores têm investigado se esses mamíferos estão por trás da
atual pandemia. No entanto, mesmo se essa hipótese for comprovada, exterminar
morcegos não é a resposta certa para proteger a saúde pública. Morcegos têm um
papel muito importante no funcionamento do ecossistema: eles realizam a
polinização de flores, ajudam a dispersar frutas e se alimentam de insetos
responsáveis pela transmissão de doenças aos seres humanos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A conclusão dos dois cientistas é
a seguinte: primeiro, a culpa não é dos morcegos; segundo, a maneira com que
interagimos com as outras espécies leva à disseminação pandêmica do patógeno; e
o coronavírus talvez seja o primeiro sinal claro, incontestável, de que a
degradação ambiental pode matar os humanos com rapidez, e pode acontecer de
novo. A destruição dos habitats é a causa, de modo que a restauração deles é a
solução. Não é correto transformar uma floresta em agricultura sem entender o
impacto que causa no clima, na concentração de carbono, na deflagração de
doenças e de inundações; você não pode ver apenas a transformação da natureza
sem pensar no que ela causa nos humanos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">PAPEL DO PANGOLIM NA PANDEMIA DE COVID-19
AINDA PERMANECE MISTERIOSO<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda não há evidências concretas
de que eles tenham mesmo passado o novo coronavírus para humanos, mas sabe-se
que eles hospedam vírus parecidos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde que a pandemia de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b><span style="color: red;"> </span>começou, no ano passado, cientistas de todo o mundo
vêm tentando descobrir qual foi o animal que passou o vírus para os humanos.
Nesse meio tempo, um bicho ganhou as manchetes como possível candidato: o
pangolim, um pequeno mamífero asiático que também é o animal mais traficado do
mundo. Mas novas análises genéticas mostram que a fama negativa do bicho talvez
seja injusta.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O pangolim foi apontado como
possível hospedeiro intermediário do patógeno após cientistas chineses
anunciarem que encontraram 99% de semelhança entre os vírus encontrados em
pangolins e o SARS-CoV-2, causador da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, depois que o estudo foi
publicado, ficou claro que houve uma falha de comunicação: essa porcentagem de
semelhança só se referia a uma parte do código genético do vírus – a sequência
responsável por codificar as proteínas “spike” da coroa viral, que é usada para
parasitar as células. O genoma inteiro do coronavírus animal tinha “somente”
90,3% de semelhança com o vírus humano. Parece muito, mas ainda é pouco para
afirmar que foi a origem da doença – espera-se uma semelhança superior a 99%
para cravar isso, segundo especialistas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outros estudos encontraram
valores de semelhança que variam entre 85.5% a 92,4% – novamente, muito pouco
para se afirmar que o pangolim é a origem da doença. Mas também não é o suficiente
para livrar os bichinhos. Em um novo estudo publicado na revista Nature, uma
equipe de cientistas analisou pangolins-malaios (Manis javanica) resgatados do
tráfico de animais em busca de coronavírus. E encontraram: havia diversos vírus
no bicho parecidos com o que está infectando humanos atualmente. Ou seja,
depois de culpado e inocentando, o pangolim voltou a ser um possível hospedeiro
intermediário. Mas ainda não há provas definitivas para cravar sua “culpa”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de tudo, já se sabe que a
origem mesmo do vírus se deu em outro animal: os morcegos. Eles são conhecidos por
carregarem diversos vírus sem apresentar doenças, e também foram os hospedeiros
de outros dois coronavírus que já causaram problemas globais de saúde: o vírus
da SARS (Síndrome respiratória aguda grave), que surgiu na China em 2002 e
causou 800 mortes no mundo, e o da MERS (Síndrome respiratória do Oriente
Médio), que também causou mortes quando surgiu na Arábia Saudita em 2012. Foi
nos morcegos, inclusive, que se encontrou o coronavírus mais parecido com o
SARS-CoV-2: o número chegou a 96% de semelhança.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É possível, então, que o morcego
tenha passado o vírus diretamente para os humanos, mas essa teoria não é a mais
forte. Isso porque se sabe que, em geral, esses coronavírus precisam passar de
um morcego para um hospedeiro intermediário antes de adquirir a mutação
necessária para infectar humanos – é esse o bicho que ainda estamos procurando.
No caso da SARS, por exemplo, o responsável foi um mamífero chamado civeta
(cientistas encontraram coronavírus com semelhança de 99,8% em comparação com o
vírus que causava a doença em humanos). Já a MERS provavelmente chegou a nós
através de camelos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">CULPADOS E INOCENTES<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em janeiro 2020, um estudo havia
levantando a possibilidade de o novo coronavírus vir de cobras-asiáticas. Mas
pesquisadores de todo o mundo se mostraram céticos, especialmente porque a
semelhança não é tão grande assim e porque sabe-se que esses vírus costumam vir
para humanos através de mamíferos de sangue quente, bem mais parecidos conosco
do que répteis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De qualquer forma, sendo ou não o
hospedeiro intermediário do novo coronavírus, sabe-se que o pangolim e o
morcego – assim como outros animais selvagens – possuem diversos vírus em seus
corpos. A maioria não infecta humanos – ainda. Mas basta uma mutação e o que
surge é uma nova pandemia, como estamos vendo atualmente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por isso muitos pesquisadores,
ativistas e lideranças de todo o mundo vem pedindo o fim do comércio de vida
selvagem (a China já baniu a prática recentemente, após pressão internacional
por conta da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;">Covid-19</span></b>,
mas outros países asiáticos ainda mantém esses mercados). Quanto menos contato
a humanidade tiver com os bichos, menos as chances de um vírus mortal emergir
entre nós. Uma triste realidade, onde sempre se quer achar culpados e não a
solução. Sem estudo que prove conexão direta com pandemia, animais têm sido
apontados como culpados por ela.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para encerrar este artigo com uma
nota positiva, a desaceleração da economia trazida pela pandemia fez regredir
rapidamente a poluição do ar, a concentração de dióxido de carbono, a redução
do ruído e uma melhoria na qualidade de vida nas cidades. É uma demonstração de
que a mudança nos hábitos de consumo, a redução no uso de combustíveis fósseis
e uma nova dinâmica na produção de bens e serviços pode produzir resultados
duradouros e benéficos para a humanidade e, melhor ainda, para o planeta. Não
desanimemos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: lime;">Fonte:</span> Consultor Juridico - Ricardo Cintra Torres de
Carvalho é desembargador do TJ-SP.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: lime;">Fonte:</span> Revista Galileu<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: lime;">Fonte:</span> Super Interessante - Bruno Carbinatto<o:p></o:p></div>
<br />Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-53848248538078146012020-06-05T11:27:00.000-03:002020-06-05T11:27:17.231-03:00DIA MUNDIAL MEIO AMBIENTE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrcDctfBkZBtdI-fg6Xg6F8JeY4fwYUhxjYbZpmOT_F4k9aF4sSWzB2GboV-4PFOXURtkgwVkRW8jz0TNb5vXfA4j8Ae2tXsbJXCQzH7YTRqEwVmtugpreCBxEV-0oS6sPqMqA6hEFGDVu/s1600/DIA+MUNDIAL+MEIO+AMBIENTE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="684" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrcDctfBkZBtdI-fg6Xg6F8JeY4fwYUhxjYbZpmOT_F4k9aF4sSWzB2GboV-4PFOXURtkgwVkRW8jz0TNb5vXfA4j8Ae2tXsbJXCQzH7YTRqEwVmtugpreCBxEV-0oS6sPqMqA6hEFGDVu/s320/DIA+MUNDIAL+MEIO+AMBIENTE.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Chegou a "Hora Da Natureza"
e a "biodiversidade" está em foco neste Dia Mundial do Meio Ambiente.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Dia Mundial do Meio Ambiente, 5
de junho, é a principal data das Nações Unidas para promover ações ambientais e
sensibilizar a comunidade global sobre a necessidade de proteger o planeta.
Criada em 1974, a data cresceu e se tornou uma plataforma global para a
divulgação de ações públicas pelo meio ambiente em mais de 100 países. Neste
ano (2020), a Colômbia sediará o Dia Mundial do Meio Ambiente com eventos
online e ao vivo transmitidos de Bogotá. Além disso, serão realizados outros
eventos e celebrações online pelo mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">BIODIVERSIDADE - </span></b>O tema do Dia
Mundial do Meio Ambiente 2020 é biodiversidade. A campanha “Hora Da Natureza” é
um apelo à ação global para combater a crescente perda de espécies e a
degradação ambiental, além de chamar a atenção para a relação entre a saúde
humana e a saúde do planeta. Com demandas crescentes, os seres humanos estão
sobrecarregando a natureza. Nos últimos 50 anos, a população mundial dobrou, a
economia global quase quadruplicou e o comércio cresceu quase dez vezes. A
crise da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">COVID-19</b> evidenciou que, ao
destruir a biodiversidade, se destrói o próprio sistema que sustenta a vida
humana. Ao perturbar o delicado equilíbrio da natureza, são criadas as
condições ideais para a propagação de patógenos – incluindo os diferentes tipos
de coronavírus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente (PNUMA) é solidário com as bilhões de pessoas em todo o mundo
que estão sofrendo com o impacto da pandemia global da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">COVID-19</b>. Agora, a prioridade é limitar sua propagação e proteger
as pessoas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
À medida que os países reabrirem
as fronteiras e os governos aprovarem pacotes de estímulo para a criação de
empregos, a redução da pobreza, o desenvolvimento e o crescimento econômico,
será necessária uma melhor reconstrução. Para isso, é preciso aproveitar
oportunidades de investimentos sustentáveis, como energia renovável,
construções inteligentes, contratos públicos ecológicos e transporte público –
guiados pelos princípios e padrões de produção e consumo sustentáveis. Políticas
públicas mal coordenadas podem piorar a situação de desigualdade e
insustentabilidade em que vivemos e reverter as conquistas alcançadas no
desenvolvimento e na redução da pobreza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao mudar radicalmente o
relacionamento com a natureza, é possível evitar futuras pandemias e buscar um
planeta mais saudável e sustentável que funcione para todas e todos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fonte: <span style="color: lime;">ONU Brasil</span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-73631726977344082772020-06-03T22:04:00.000-03:002020-06-03T22:04:05.167-03:00DIA NACIONAL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw0QAhbMmtIzpTln8STO3TJecAA_Vozbbm27E5TGHz9bDmsWILYhpFzLiTFuPl7uUsw1Kl2fBvfzc2MLLavHGtTPLs_QAAqm7EFkPE1_ckc2oKFwEZYXdEkqKH3o7UDtUWcVhypiOJix8s/s1600/DIA+NACIONAL+DA+EDUCA%25C3%2587%25C3%2583O+AMBIENTAL.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="432" data-original-width="768" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw0QAhbMmtIzpTln8STO3TJecAA_Vozbbm27E5TGHz9bDmsWILYhpFzLiTFuPl7uUsw1Kl2fBvfzc2MLLavHGtTPLs_QAAqm7EFkPE1_ckc2oKFwEZYXdEkqKH3o7UDtUWcVhypiOJix8s/s320/DIA+NACIONAL+DA+EDUCA%25C3%2587%25C3%2583O+AMBIENTAL.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em maio de 2012, foi sancionada a
Lei 12.633/2012, que instituiu 3 de junho como o Dia Nacional da Educação
Ambiental. Essa data foi escolhida porque em 3 de junho de 1992, no Rio de
Janeiro, começava a Rio-92, também conhecida como Eco 92, uma das maiores e
mais importantes conferências mundiais sobre o meio ambiente. É uma data que
deve ser celebrada e comemorada, não só como um marco do passado, mas
principalmente como marco do futuro, pois educação ambiental é um grande ato na
construção de um futuro melhor! Foi um marco importantíssimo para a consciência
ambiental do planeta, e, por isso, todo dia 3 de junho celebramos o Dia
Nacional da Educação Ambiental para mantermos vivo o conhecimento pela
preservação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É uma data que deve ser lembrada
e comemorada, pois é indispensável para a sobrevivência da humanidade. Quando
nos educamos para preservar o meio ambiente, estamos, na verdade, em luta pela
nossa própria preservação. Educar e agir, eis as diretrizes dessa batalha pela
vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Preservar o meio ambiente não se
trata apenas de “preservar a natureza”. É preciso ir além, e, para isso, a
sustentabilidade é um desafio. Pensar em sustentabilidade é pensar em
sustentarmos nosso modo de vida de maneira justa e duradoura. Assim devemos
pensar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em como nossas ações contribuem
de forma positiva para a sociedade. A menor das ações pode fazer uma grande
diferença.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">EDUCAR PARA SOBREVIVER:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A Constituição Brasileira, em seu artigo 225,
determina que todos temos direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e
também o “dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”. Para isso, precisamos conhecê-lo, e a educação ambiental é o meio
que torna isso possível. Então fica o convite: vamos aprender algo sobre o
nosso meio ambiente?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">PRESERVANDO A BIODIVERSIDADE:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Um dos principais desafios para a preservação do
meio ambiente é a preservação da biodiversidade, que pode ser entendida como a
enorme riqueza de vida presente no nosso planeta. O equilíbrio e a manutenção
da biodiversidade dependem de diversos fatores, e pequenas mudanças podem
condenar diversas espécies à extinção, e que tal separar alguns minutos para
aprender mais sobre as formas de vida da Terra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">CONSTRUINDO VALORES:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Ao poder público cabe promover a educação
ambiental, e aos cidadãos, usufruir esse direito. A educação ambiental vai além
de simples acumulo de informações sobre a natureza: é um conjunto de processos
e saberes que permitem à sociedade construir valores e habilidades para a
conservação do meio ambiente, ou seja, da vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>É importante que tudo que aprendemos não se
transforme em coisas guardadas e sem utilidade: precisam virar ação e
constituir nossa consciência. Quando se trata de educação ambiental, isso é
essencial! Por isso, “neste e em todos” os 3 de junho, comemore o Dia Nacional
da Educação Ambiental colocando em prática todas as dicas que tem visto por aí
sobre como preservar o nosso planeta!!!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fonte: <span style="color: lime;">Site Mensagem com Amor</span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-92076625578214954482019-09-08T20:55:00.001-03:002019-09-08T20:55:38.796-03:00Água desperdiçada no país equivale a quase sete sistemas Cantareira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBw9PxL06xA-kSH5-ffAhkYvZf-hD6TRF9uSXcE4_bDT7HMBr7EP-Aqwmq4JYSxfm4X7RnJjLFiXFgofzlFnDd3K-tbHjBzC8vLE7-9zju0glOCRer3A_kRJBOvbNACh8KnR1IoBEL6fUQ/s1600/%25C3%2581gua+desperdi%25C3%25A7ada+no+pa%25C3%25ADs+equivale+a+quase+sete+sistemas+Cantareira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="681" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBw9PxL06xA-kSH5-ffAhkYvZf-hD6TRF9uSXcE4_bDT7HMBr7EP-Aqwmq4JYSxfm4X7RnJjLFiXFgofzlFnDd3K-tbHjBzC8vLE7-9zju0glOCRer3A_kRJBOvbNACh8KnR1IoBEL6fUQ/s320/%25C3%2581gua+desperdi%25C3%25A7ada+no+pa%25C3%25ADs+equivale+a+quase+sete+sistemas+Cantareira.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O volume de água que é perdida no
sistema de abastecimento vem crescendo no Brasil e chega a mais de 6,5 bilhões
de metros cúbicos (m³) por ano, segundo estudo divulgado dia 05/06 pelo
Instituto Trata Brasil e a consultoria GO Associados. A quantidade de água é
equivalente a quase sete vezes o volume útil do Sistema Cantareira, principal
manancial que abastece a Grande São Paulo. Em termos percentuais, significa que
38,3% da água tratada foi desperdiçada antes de chegar aos destinatários
finais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Em algumas partes do país, o
problema é ainda mais crítico. O percentual de perdas na Região Norte chega a
55,14%. Em Roraima, a cada 100 litros fornecidos pelas companhias de
abastecimento, apenas 25 litros chegam aos clientes. No Amazonas, o percentual
de perdas é de 69% e no Amapá, de 66%. No Nordeste, 46,25% da água é
desperdiçada. No Maranhão, o percentual chega a 60% e em Pernambuco, a 52%. Em
São Paulo e no Paraná, é de 35%.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para efeitos de comparação, o estudo
destaca que na Dinamarca o índice de perdas é de 6,9%; nos Estados Unidos, de
10,3%, e na Coreia do Sul, de 16,3%. O Brasil apresenta resultados piores do
que outros países latino-americanos, como o México, que desperdiça 24,1% da
água tratada, o Equador, 31,1%, e o Peru, 35,6%.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Prejuízo crescente - </span></b>As perdas
de água também vêm tendo um ligeiro crescimento nos últimos anos. Os dados de
2015 apontavam para um índice de 36,7%, em 2016 ficou em 38,1% e em 2017,
últimos números disponíveis e que embasam a pesquisa do Trata Brasil, chegou a
38,3%. Em valores, o total perdido pelas companhias distribuidoras fica em R$
11,4 bilhões ao ano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Alguns estados e regiões, no
entanto, apresentam resultados muito melhores do que a média nacional. Em
Goiás, as perdas ficam em 26%, e no Rio de Janeiro em 31%. Em Santos, no
litoral paulista, o índice de perdas é de apenas 14,32%, em Limeira, no
interior de São Paulo, de 18,62%, e em Campo Grande, capital do Mato Grosso do
Sul, de 19,38%.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Falta de investimento - </span></b>Para o
sócio da GO Associados Pedro Scazfuca, o cenário demonstra um desinteresse em
fazer investimentos que reduzam o desperdício nos sistemas de abastecimento.
“Há uma falta de esforço para reduzir as perdas. Não tem sido feito o
investimento necessário. A tendência natural de um sistema de abastecimento de
água é aumentar as perdas, porque a estrutura vai ficando mais velha, sujeita a
maior desperdício”, disse.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As cidades que conseguem os
melhores resultados são aquelas que, segundo o especialista, focam não só na
melhoria da estrutura de distribuição, como também no combate a fraudes e
ligações clandestinas. “As perdas comerciais são muito representativas para as
empresas do ponto de vista de receita. Reduzir as fraudes, melhorar a leitura
dos hidrômetros, tudo isso contribui para a redução de perdas”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Controle - </span></b>O presidente da
Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp),
Hélio de Castro, avalia que uma melhoria no controle dos sistemas pode indicar
que as perdas são ainda maiores. “A tendência é que os indicadores piorem”,
ressaltou, ao lembrar que o Sistema Nacional de Informações de Saneamento,
usado como base do estudo, é elaborado a partir de informações repassadas pelas
próprias empresas de distribuição de água.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O ex-presidente da Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) Gesner Oliveira, avalia que
nos locais onde há grandes perdas, o retorno dos investimentos para reduzir o
desperdício tende a recompensar as companhias. “Você cair de 68% para 48% é
relativamente fácil e os retornos são elevados”, disse. Em sistemas onde as
perdas são menores, o esforço das empresas, segundo ele, tem que ser maior.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Agência Brasil</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-49829384195854146582019-08-13T20:36:00.000-03:002019-08-13T20:36:07.326-03:00A quem interessa a desinformação sobre a agenda de conservação da biodiversidade no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqN2mDvPlvdavlFi2TnP_AIchjJKlEMewIOgkJOS-OkiAVN-Xt7s41khhz5s3a_E1jwVlusIQz5JmPO1iGf88GIUTzi1g0GCI8atQVCtJm8Lf0dDDF0SMX4ioNnWu-0GZUnj9SOm6OAeOu/s1600/A+quem+interessa+a+desinforma%25C3%25A7%25C3%25A3o+sobre+a+agenda+de+conserva%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+biodiversidade+no+Brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="640" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqN2mDvPlvdavlFi2TnP_AIchjJKlEMewIOgkJOS-OkiAVN-Xt7s41khhz5s3a_E1jwVlusIQz5JmPO1iGf88GIUTzi1g0GCI8atQVCtJm8Lf0dDDF0SMX4ioNnWu-0GZUnj9SOm6OAeOu/s320/A+quem+interessa+a+desinforma%25C3%25A7%25C3%25A3o+sobre+a+agenda+de+conserva%25C3%25A7%25C3%25A3o+da+biodiversidade+no+Brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Como país de megadiversidade
biológica e signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), o Brasil
vinha assumindo compromissos internacionais de proteção desse patrimônio
inestimável, por meio de políticas públicas e outras ações institucionais, nas
últimas décadas. A Política Nacional da Biodiversidade (Decreto 4.339/2002) é um
resultado direto desse comprometimento do governo brasileiro com a CDB. Vale
ressaltar que, dentre os sete componentes dessa política pública, o sexto se
refere à “Educação, Sensibilização Pública, Informação e Divulgação sobre
Biodiversidade”, alinhado, por sua vez, ao artigo 13 da própria Convenção da
Organização das Nações Unidas (ONU) que trata de “Educação e Conscientização
Pública”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Considerando esse contexto, é
preocupante que o decreto presidencial 9.759/2019, assinado em 11 de abril 2019,
tenha extinguido a Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) juntamente com
outros conselhos e colegiados que não tenham sido criados por lei. Essa é uma
questão que merece aprofundamento da mídia já que muitas dúvidas ainda pairam
no ar. Diante dessa iniciativa governamental e da falta de recursos financeiros
e humanos no âmbito do MMA, quem assumirá as funções que estavam a cargo da
Conabio? Como a sociedade brasileira poderá acompanhar esses desdobramentos?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Segundo informações disponíveis
no site do Ministério do Meio Ambiente, a Conabio “é composta por
representantes de órgãos governamentais e organizações da sociedade civil e tem
um relevante papel na discussão e implementação das políticas sobre a
biodiversidade”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ainda segundo a mesma
fonte, “compete à comissão promover a implementação dos compromissos assumidos
pelo Brasil junto à CDB, bem como identificar e propor áreas e ações
prioritárias para pesquisa, conservação e uso sustentável dos componentes da
biodiversidade”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Outra questão merece aprofundamento
e debate com a sociedade brasileira. No âmbito da CDB, a principal agenda
global envolvendo os signatários é o Plano Estratégico 2011-2020 ao qual se
vinculam as 20 Metas de Aichi, acordadas durante a Décima Conferência das
Partes da CDB (COP-10), realizada em Nagoya, Japão, em 2010.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A meta 11, de ampliação das áreas protegidas,
se destaca nesse esforço de enfrentamento da perda de biodiversidade, até 2020.
Com as Metas Nacionais, o Brasil assumiu compromissos ainda mais ousados do que
os da própria CDB (proteção de 17% das áreas terrestres e 10% das áreas
marinhas e costeiras), conforme destacado a seguir, embora algumas decisões
governamentais pareçam estar na contramão desse comprometimento oficial.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Até 2020, serão conservadas, por
meio de sistemas de unidades de conservação previstas na Lei do SNUC e outras
categorias de áreas oficialmente protegidas, como APPs, reservas legais e
terras indígenas com vegetação nativa, pelo menos 30% da Amazônia, 17% de cada
um dos demais biomas terrestres e 10% de áreas marinhas (…)” (5º Relatório
Nacional para a Convenção Sobre Diversidade Biológica), publicado pelo MMA, em
2016.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Informações
importantes não estão disponíveis</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Apesar da relevância dessa agenda
e da sua atualidade, diante de um contexto de perda de biodiversidade sem
precedentes, no site do MMA, na área destinada aos compromissos do Brasil com a
CDB, alguns links estão aparentemente disponíveis, mas quando acessados não
apresentam as informações correspondentes. Isso acontece com os Documentos
Técnicos da CDB.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Segundo informado no site do MMA:
“O objetivo da Série de Documentos Técnicos da CDB é contribuir para a
disseminação de informações atualizadas e confiáveis sobre tópicos selecionados
de importância para a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável
de seus componentes e a repartição equitativa de seus benefícios”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No entanto, a lacuna percebida
quando se tenta acessar os documentos mencionados contraria esse compromisso de
disseminação de informações atualizadas. Não há qualquer esclarecimento sobre o
porquê da indisponibilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Já no espaço denominado O Brasil
e a CDB não consta nenhuma informação, o que tende a dificultar o entendimento
dos internautas sobre os compromissos assumidos pelo país como signatário dessa
Convenção e, consequentemente, o acompanhamento dos seus principais
desdobramentos.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A
importância do acesso à informação qualificada</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Recentemente, foi divulgado que o
MMA iria rever a criação de 334 unidades de conservação federais,
implementadas, segundo o ministro Ricardo Salles, sem critérios técnicos para
tal. Nesse contexto, estaria em xeque até mesmo o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza – SNUC (lei 9.985/2000)? Esse é o arcabouço legal
que orienta a criação, implementação e gestão das UCs no Brasil, resultante de
um processo de debates e negociação envolvendo diversos segmentos sociais por
mais de uma década.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Há de se reconhecer que, nas
últimas décadas, têm sido desenvolvidos estudos para orientar a criação de
parques, reservas e outras unidades de conservação no Brasil (processo que se
tornou mais participativo a partir do SNUC). A definição de Áreas Prioritárias
para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição dos Benefícios da
Biodiversidade Brasileira (os três objetivos da CDB) é um exemplo nesse
sentido. No entanto, informações atualizadas sobre essas áreas foram retiradas
do ar pelo MMA, em abril, sob a alegação de erros identificados. Posteriormente
os dados foram reativados. Inicialmente, houve alguma repercussão na mídia
sobre essa questão, mas ainda cabem aprofundamentos sobre os desdobramentos
possíveis dessa tomada de decisão, tendo em vista as intenções já sinalizadas
pelo governo para a gestão de unidades de conservação e para o futuro de outras
estratégias de proteção da biodiversidade no Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Diante do atual contexto
político-institucional nacional, além dos riscos evidentes ao futuro do SNUC,
qual seria o destino da Política Nacional da Biodiversidade? Estaria em curso
algum plano para alterá-la ou mesmo exterminá-la do rol de políticas ambientais
brasileiras? E própria participação do Brasil na CDB, estaria em risco?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O Brasil está atrasado com a
entrega do 6º Relatório Nacional para a CDB (deveria ter ocorrido até o final
de 2018). Quando esse documento será entregue e como se dará a sua tramitação
considerando que a Conabio exercia um papel central nesse processo? Por outro
lado, é importante considerar que o Congresso brasileiro ainda não ratificou o
Protocolo de Nagoya, que apresenta diretrizes para a repartição justa e
equitativa dos recursos gerados pelo uso da biodiversidade, outra importante
deliberação da COP-10. Como está a tramitação desse processo, iniciada em 2012,
e quais são os segmentos sociais que têm colaborado para o bloqueio dessa
agenda?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Com a proximidade de 2020, o que
esperar como respostas do governo brasileiro frente aos compromissos assumidos
com as Metas de Aichi ? Nesse contexto, a Meta 1 orienta que “até 2020, no mais
tardar, as pessoas terão conhecimento dos valores da biodiversidade e das
medidas que poderão tomar para conservá-la e utilizá-la de forma sustentável”,
o que pressupõe a necessidade de acesso à informação qualificada e às ações
educativas, entre outras iniciativas de sensibilização sobre a importância
dessa agenda. E, ainda, quais são as perspectivas de participação do Brasil nos
debates para o chamado pós-2020, quando poderão ser atualizadas as metas ou
mesmo adotado um novo plano estratégico? Essa é uma discussão que já mobiliza
os signatários da CDB globalmente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Por fim, diante da complexidade
desse cenário, cabe a todos uma reflexão urgente: A quem interessa a
desinformação sobre os desdobramentos dos compromissos brasileiros com a agenda
mais importante no âmbito do principal tratado internacional pela proteção da
biodiversidade?<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Envolverde - Artigo de Elizabeth Oliveira</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-77753471870129898902019-07-18T20:48:00.001-03:002019-07-18T20:48:41.083-03:00Por que o futuro do agronegócio depende da preservação do meio ambiente no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLbK6UAprpK2VDr2kHNyJaNzfClVv1WxFx7pUPIcoz9DHiuljCG2DNR7r688b3qnEWOTM1X5aJ9g_WECBTaXX_6QIPaUwfl6S2NFgfd400nuqvF37GoRYuV5c-XAg0SsTeTHa5nUlOswCb/s1600/Por+que+o+futuro+do+agroneg%25C3%25B3cio+depende+da+preserva%25C3%25A7%25C3%25A3o+do+meio+ambiente+no+Brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="768" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLbK6UAprpK2VDr2kHNyJaNzfClVv1WxFx7pUPIcoz9DHiuljCG2DNR7r688b3qnEWOTM1X5aJ9g_WECBTaXX_6QIPaUwfl6S2NFgfd400nuqvF37GoRYuV5c-XAg0SsTeTHa5nUlOswCb/s320/Por+que+o+futuro+do+agroneg%25C3%25B3cio+depende+da+preserva%25C3%25A7%25C3%25A3o+do+meio+ambiente+no+Brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Se hoje a bancada ruralista é a
principal força pressionando o Congresso para flexibilizar a proteção
ambiental, é consenso entre agrônomos e pesquisadores que o futuro do
agronegócio depende da preservação ambiental.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Agrônomos, biólogos e entidades
como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) alertam que a
destruição da vegetação nativa e as mudanças climáticas têm grande potencial
para prejudicar diretamente o agronegócio no Brasil, porque afetam diversos
fatores ambientais de grande influência sobre a atividade agrícola.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O principal deles é o regime de
distribuição das chuvas, essenciais para nossa produção, apenas 10% das
lavouras brasileiras são irrigadas. Com o desmatamento e o aumento das
temperaturas, serão afetados umidade, qualidade do solo, polinizadores, pragas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A BBC News Brasil ouviu
pesquisadores do agronegócio e nomes ligados ao setor para entender como esses
riscos gerados pela destruição do ambiente devem afetar a produtividade das
plantações brasileiras e mesmo se safras se tornarão inviáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Eles dizem as notícias sobre o
setor ambiental no Brasil não são animadoras: se o ritmo de desmatamento na
Amazônia continuar como está, atingiremos em pouco tempo um nível de devastação
sem volta. Junho foi o mês com mais desmatamento na Amazônia, 920,4 km², desde
o início do monitoramento com sistema de alerta pelo Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais), em 2015. Foi um aumento de 88% em relação ao mesmo mês
no ano passado. Ao mesmo tempo, as pressões e cobranças internacionais chamam
atenção para a agenda ambiental do governo atuante, que tem flexibilizado a
legislação ambiental e diminuído a fiscalização.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Crise iminente -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Atualmente, o agronegócio é responsável por 21,6%
do PIB brasileiro, segundo o Ministério da Agricultura. Preocupados com
questões como logística, estrutura e desafios comerciais como o vaivém das
commodities no mercado internacional, a questão da sustentabilidade acaba não
sendo prioridade para o setor como um todo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“A questão da sustentabilidade,
no sentido amplo, é uma preocupação. Mas em primeiro lugar vêm a estrutura e a
logística e as questões comerciais”, afirma o agrônomo Roberto Rodrigues,
ex-ministro da Agricultura (2003-2006) e coordenador da área de agro da
Fundação Getúlio Vargas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No entanto, os riscos gerados
pela devastação ambiental na agricultura são uma ameaça muito mais iminente do
que se imagina, segundo o pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Alguns estudos, como um feito por
pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais e Viçosa, projetam
perdas de produtividade causadas por desmatamento e mudanças climáticas para os
próximos 30 anos. Outros não trabalham com tempo, mas com nível de devastação,
como o estudo Efeitos do Desmatamento Tropical no Clima e na Agricultura, das
cientistas americanas Deborah Lawrence e Karen Vandecar, que afirma que quando
o desmatamento na Amazônia atingir 40% do território (atualmente ele está em
20%), a redução das chuvas será sentida a mais de 3,2 mil km de distância, na
bacia do Rio da Prata.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para Assad, que também é
professor da FGV Agro e membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, os
efeitos da destruição do ambiente e das mudanças climáticas já começam a ser
sentidos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ele cita, por exemplo, o
relatório da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) que mostra a perda de
mais de 16 milhões de toneladas na safra de soja deste ano devido a seca que
atingiu as principais regiões produtoras desde dezembro. “Já há evidências de
que as mudanças climáticas aumentaram o número de eventos extremos, como secas
e ondas e calor”, afirma Assad.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Há duas ameaças principais,
segundo Lawrence e Vandecar. A primeira é o aquecimento global, que acontece em
escala global e que é intensificado pelo desmatamento. A outra são os riscos
adicionais criados pela devastação das florestas, que geram impactos imediatos
na quantidade de chuva e temperatura, tanto em nível local quanto continental.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Deficiência hídrica e temperatura -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A maior parte da produção agrícola brasileira
depende das chuvas – só 5% da produção total e 10% da produção de grãos são
irrigados. Isso significa que mudanças na precipitação afetam diretamente nossa
produção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O regime de chuvas é afetado por
uma série de fatores, desde a topografia até as correntes marítimas. Um fator
importante é a dinâmica de evaporação e transpiração terrestres, ou seja, a
umidade produzida pela respiração das árvores e plantas, explica o agrônomo da
USP Gerd Sparovek, professor da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz) e presidente da Fundação Florestal do Estado de São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Esse fenômeno, chamado de
evapotranspiração, é especialmente alto em florestas tropicais como a amazônica,
elas são o ecossistema terrestre que mais movimenta água, transformando a água
do solo em umidade no ar e diminuindo a temperatura da atmosfera sobre elas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Ao cortar a vegetação natural
que, durante o ano inteiro joga água na atmosfera, umas das principais consequências
é a formação de menos nuvens no período seco”, explica Assad, da Embrapa. “Um
estudo que acabamos de finalizar mostra um aumento significativo de deficiência
hídrica do Nordeste ao Centro-Oeste”, diz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Isso afeta as chuvas
potencialmente até no Sudeste, já que há correntes de ar que normalmente
empurram essas nuvens para sul.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A destruição da vegetação nativa
afeta até a duração das temporadas de chuvas e estiagem, segundo o estudo de
Lawrence e Vandecar, que faz uma revisão da literatura científica e foi
publicado em 2014 na revista Nature.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O corte da vegetação nativa
também altera a temperatura e clima local, e potencialmente também o de regiões
mais distantes, explica Sparovek, da Esalq. “As alterações, nesse caso, são
sempre desfavoráveis.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E isso vale não só para a
Amazônia: a remoção do Cerrado, onde hoje se encontra a principal expansão da
fronteira produtiva, também eleva a temperatura local.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Esse problema é reforçado pelo
aquecimento global, que torna o clima mais instável e aumenta a frequência de
extremos, como ondas de calor e estiagens e chuvas em excesso. E o desmatamento
só intensifica esse processo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O risco para o agronegócio é
especialmente grande quando altas temperaturas são concomitantes com períodos
de diminuição das chuvas, isso diminui a produtividade das lavouras e pode
comprometer safras inteiras, diz o biólogo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Um efeito adicional do
comprometimento da disponibilidade de água tem a ver com a produção de energia
elétrica, que também é importante para o agronegócio, aponta Sparovek. Um clima
mais seco ou maiores períodos de estiagem podem comprometer a vazão dos rios e
dos reservatórios, afetando diretamente a produção de energia, já que nossa
matriz energética é em sua maioria dependente de hidroelétricas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Perda de área produtiva -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A retirada total das florestas também gera outros
problemas relativos aos recursos hídricos além da chuva, explica o biólogo Jean
Paul Metzger, professor da USP e doutor em ecologia de paisagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A retirada da vegetação nativa
retira a proteção do solo, que não é reposta mesmo se a área virar uma
plantação, já que as raízes das plantas cultivadas são muito superficiais. O
solo cultivado também tem pouca permeabilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Isso dificulta a infiltração da água
no solo, o que gera dois problemas. Um é a falta de reposição da água nos
lençóis freáticos. A outra, é um processo de erosão e poluição dos rios.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“A chuva vai escoando
superficialmente e levando o solo junto, há uma perda da camada mais fértil,
vai tudo para o rio” diz Metzger. “E a partir de um certo momento você não tem
como reverter, há uma perda de área produtiva via erosão.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Reserva Legal -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A melhor forma de evitar esse processo é manter a
vegetação nativa, inclusive nas propriedades rurais, onde a cobertura florestal
pode fazer uma filtragem das enxurradas antes de chegarem ao rio. Metzer aponta
que as propriedades produtivas devem ter cerca de 30% de cobertura florestal,
na média, para que o ciclo hidrólógico e os chamados serviços ambientais
funcionem normalmente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Serviços ambientais são
benefícios trazidos ao cultivo pelo ecossistema, como, por exemplo, a
polinização e o controle natural de pragas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Paisagens onde há produção
agrícola em desequilíbrio com o ambiente são poucos favoráveis à produção. Os
inimigos naturais das pragas e doenças de plantas desaparecem, e a produção
passa a depender cada vez mais de agrotóxicos”, diz Sparovek, da Esalq.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Daí, dizem os pesquisadores, vem
a importância da manutenção das reservas legais, áreas de mata nativa dentro de
propriedades rurais cujo desmatamento é proibido por lei. O índice de proteção
exigido é de 80% na Amazônia, de 35% no Cerrado e de 20% nos outros biomas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O assunto esteve em pauta nos
últimos meses, graças a um projeto do senador carioca Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ), filho do presidente, que quer acabar com as reservas legais, citando
o “direito à propriedade”. Pela Constituição, no entanto, nenhum direito à
propriedade é absoluto no Brasil, a construção em propriedades urbanas, por
exemplo, fica restrita às leis de zoneamento municipais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Agrotóxicos -</span></b> O uso
indiscriminado de agrotóxicos também é um problema ambiental que acaba se voltando
contra o próprio agronegócio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ele afeta principalmente os
cultivos que dependem da polinização, já que os animais polinizadores, abelhas,
besouros, borboletas, vespas e até aves e morcegos, são fortemente afetados por
alguns tipos de inseticidas e até por herbicidas usados contra pragas em
lavouras, sofrendo desde morte por envenenamento a desorientação durante o voo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Das 191 culturas agrícolas de
produção de alimentos no país, 114 (60%) dependem de polinizadores, segundo o
Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no
Brasil, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Em
resultado de safra, cerca de 25% da produção nacional é dependente de
polinização, segundo Assad, da Embrapa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Além disso, o uso excessivo de
agrotóxicos em espécies resistentes se torna um problema para produtores
vizinhos de cultivos que não tem a mesma resistência. Produtores de uva do Rio
Grande do Sul têm registrado milhões de reais de prejuízo por causa do
herbicida 2,4-D, usado em plantações de soja. Ao se espalhar para as
propriedades produtoras de uva, ele chegou a reduzir a colheita de uva em até
70%, segundo produtores do Estado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O Instituto Brasileiro do Vinho
chegou a defender a proibição do uso do agrotóxico na região. O noroeste gaúcho
é campeão nacional no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do Laboratório de
Geografia Agrária da USP com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Questão da Produtividade -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Até hoje, olhando a série histórica, a
produtividade do agronegócio no Brasil só aumentou. A produção do milho, por
exemplo, subiu de 3,6 ton/ha em 2009 para 5,6 ton/ha em 2019 (previsão), de
acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“O aumento da produção muitas vezes
é usado como argumento pra dizer que não está acontecendo nada (em termos de
efeitos da mudança climática). Mas a produtividade aumenta porque antes era
muito baixa, porque estamos implementando as diversas tecnologias existentes”,
afirma Assad, que também é membro do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.
“O teto de produtividade do milho, por exemplo, é de 10 toneladas por hectare
considerando a tecnologia existente.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Isso não quer dizer, diz ele, que
os efeitos da devastação não terão um impacto na produtividade. Segundo
cálculos no modelo feito por cientistas das Universidade Federais de Minas
Gerais e Viçosa, em 30 anos as perdas na produção de soja podem ir de 25% a
60%, dependendo da região, graças ao desmatamento da Amazônia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Até a pecuária pode ser afetada,
com a produtividade do pasto caindo de 28% a 33% e alguns lugares deixando de
ser viáveis para a atividade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Expansão -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Mas por que ainda há resistência em aceitar a
visão de que a devastação do meio ambiente prejudica o agronegócio?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Segundo Sparovek, da Esalq,
narrativas que defendem a necessidade de expandir a fronteira agrícola não têm
embasamento científico. Ele afirma que “quando se analisa a necessidade de
expansão do agronegócio brasileiro prevista pelo próprio setor até 2050, não se
vê necessidade alguma de desmatar e expandir a fronteira agrícola.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Temos áreas abertas o suficiente
para produzir a demanda projetada e ainda restaurar a vegetação em uma
quantidade enorme de terras”, diz o agrônomo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Só na Amazônia, há 17 milhões de
hectares cortados, desmatados e abandonados, segundo Assad, da Embrapa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Além das terras abertas
existentes, há uma enorme possibilidade de incremento da produtividade através
de implementação tecnológica, afirma o ex-ministro da Agricultura Roberto
Rodrigues.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Assad, da Embrapa, afirma que
soluções boas para a produção e para o ambiente, como técnicas de agricultura
de baixa emissão de carbono e boas práticas de manejo de solo e água, têm se
tornado cada vez mais acessíveis, e que uma maior organização de cooperativas
agrícolas é necessária para aumentar o acesso dos pequenos produtores a
tecnologias e avanços.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Sparovek afirma que a expansão da
fronteira, especialmente na Amazônia, não interessa diretamente, não ajuda a
produzir, especialmente com o avanço tecnológico que exige um terreno mais
plano pelo tamanho e velocidade das máquinas. “Isso é uma agenda muito mais
ligada à valorização imobiliária das terras e à grilagem. Quem se beneficia
disso é o especulador do mercado de terras, lícito ou criminoso.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Segundo Rodrigues, o Brasil é um
país gigantesco que não tem “uma agricultura ou um agricultor”, mas diversos
grupos com interesses diferentes. A existência de agricultores que não têm
preocupação nenhuma com sustentabilidade ou com o longo prazo é “um pouco uma
questão de educação, cultura e formação técnica adequada.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Temos 4,4 milhões de produtores
que seguiram o Código Florestal e fizeram o Cadastro Ambiental Rural
(mecanismos de regulação das práticas agrícolas)”, diz Assad. “É 1 milhão de
agricultores que fazem essa confusão toda. É só um povo que produz como na
idade média (que tem interesse no desmatamento).”<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">BBC e Ambiente Brasil</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-2295858622752965892019-06-25T21:55:00.003-03:002019-06-25T21:55:52.804-03:00Agrofloresta Urbana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRhBQr1YqcgBRZD1kr5CCK_USmYpxu8VrLMcD-Csli4PxUIyhlyev3zvAeWqYkGOAeg7Lzjakdg2ufhnEWUdWUrt9zHciD4U-ii09PASnscVXi3nQKoKY5gfPu4xXetgkE5ckFZ4_owGvP/s1600/Agrofloresta+Urbana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="667" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRhBQr1YqcgBRZD1kr5CCK_USmYpxu8VrLMcD-Csli4PxUIyhlyev3zvAeWqYkGOAeg7Lzjakdg2ufhnEWUdWUrt9zHciD4U-ii09PASnscVXi3nQKoKY5gfPu4xXetgkE5ckFZ4_owGvP/s320/Agrofloresta+Urbana.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A agrofloresta, em sua essência,
é uma metodologia de plantio que busca entender a forma como a floresta
naturalmente se desenvolve, aliado a práticas sustentáveis de cultivo. Ou seja,
em uma agrofloresta é possível conjugar o plantio de espécies nativas com
frutíferas, hortaliças e leguminosas, trazendo diversidade e riqueza de
espécies. Neste conceito, o solo e os diversos tipos de plantas possuem papéis
específicos, seja para melhorar a qualidade do solo, para servir como adubo,
para proteção contra o vento, criando um ambiente integrado e harmônico. </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Conceito
de Sucessão Ecológica e Princípios</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Pensando em como as florestas se
regeneram, a agrofloresta busca trazer os mesmos princípios, seguindo o
conceito de sucessão ecológica, onde as espécies mais resistentes ao calor, ao
vento e de rápido crescimento começam a consolidar o espaço (espécies
pioneiras), tornando possível o início do aparecimento das espécies com maior
necessidade de áreas sombreadas e protegidas dos ventos (espécies secundárias e
clímax). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Além disso, para a estruturação
de uma agrofloresta é necessário ter em mente os princípios ecológicos, que
seguem por exemplo, a não necessidade de adubos ou agrotóxicos, o respeito a
sucessão ecológica natural das espécies, o entendimento que diferentes espécies
irão se ajudar, a utilização de poda como alimento para o solo e a produção de
alimento. </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Metodologias
e Formas de se Criar uma Agrofloresta</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Agora, tendo por base estes
princípios, como podemos pensar em utilizar este método nas cidades, nas
praças, nos quintais ou até em vasos em varandas?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">De acordo com o criador deste
método, o suíço Ernst Götsch, é possível criar a agrofloresta de grande a
pequena escala, e defende inclusive que, esta metodologia, transforma também a
forma do relacionamento humano: “Tenta perceber as formas dadas pela própria
natureza! E tu chegarás a criar laços mais íntimos com ela. Isto acarretará
mais sensibilidade nos tratos, nas relações com nossos irmãos (seres vivos) no
campo e na floresta, bem como nas relações entre os seres humanos”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Pois bem, a partir disso, é
necessário ter em mente qual é o objetivo do seu projeto, pensando na dimensão
da área onde será feito o plantio, para definir se a diversidade de espécies
será de árvores nativas com frutíferas e hortas, por exemplo, ou com foco em
hortaliças, flores e leguminosas em vasos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O principal é criar diversidade
de espécies e prover um solo rico em matéria orgânica, para isso, deve-se
entender como cada espécie irá se comportar na sua agrofloresta. A título de
exemplificação, se o objetivo é produzir alimento e criar um ambiente de beleza
natural, pode-se optar pela relação entre o plantio de maracujá com margaridas,
ou plantio de alecrim, orégano com muda de acerola, a diversidade de
combinações e formas de estruturar são imensas valendo-se do objetivo pensado
aliado a muita criatividade e personalidade. </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Cuidados
Básicos</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os cuidados da agrofloresta estão
intimamente ligados com a complexidade, ou seja, quanto maior o número de
espécies, maior a complexidade do sistema. Entretanto, em qualquer plantio de
agrofloresta é necessário se atentar para:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">1 - </span><span style="color: #c00000;">Drenagem:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>O solo necessita estar bem aerado, sendo
necessário revolve-lo periodicamente para oxigenar e prover a troca de matéria
orgânica;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">2 - </span><span style="color: #c00000;">Matéria
Orgânica e Poda:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Neste tipo de
plantio, a matéria orgânica e poda estão diretamente relacionados, sendo
indicado periodicamente realizar podas nas suas espécies que servirão de adubo
para o próprio solo;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">3 - </span><span style="color: #c00000;">Serrapilheira:</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Também conhecida como manta morta, é a camada
formada pelo deposição de restos de plantas (folhas e ramos) e acumulação de
material orgânico, isto pode ser adquirido dentro do seu próprio plantio (se
houver plantas que soltam folhas) ou em podas de jardins. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A agrofloresta traz a tona o
princípio da sustentabilidade e a relação da própria interação humana, da
criação de um ambiente que se autossustenta, trazendo benefícios econômicos,
ecológicos e sociais. Este método de plantio inclusive já faz parte de
legislações ambientais e de formulação de políticas públicas, podendo trazer um
futuro promissor para a criação desses ambientes nas cidades.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Agora que já entendemos o que é
uma agrofloresta e como desenvolvê-la, preparado para plantar a sua?<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Maria Beatriz Ayello</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-12860112258055348962019-05-21T21:54:00.000-03:002019-05-21T21:54:35.050-03:00Você sabe o que é Sustentabilidade 4.0<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs2DK-lFXRm5nAg_7tzZ8XEkanBKdlBenKwLojzABu1CLR3kr0nBr3QVhhVMlkyRidGlNsMj94X-d8bDevp99eGpVrjs2CNt2zrLiEAgAR5ZNznkP0gXwwd2F1WpKNUa4BlQ0wSsXqw5tc/s1600/Sustentabilidade+4.0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="667" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs2DK-lFXRm5nAg_7tzZ8XEkanBKdlBenKwLojzABu1CLR3kr0nBr3QVhhVMlkyRidGlNsMj94X-d8bDevp99eGpVrjs2CNt2zrLiEAgAR5ZNznkP0gXwwd2F1WpKNUa4BlQ0wSsXqw5tc/s320/Sustentabilidade+4.0.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Sustentabilidade 4.0 é alerta não
festa exponencial. Você tem ideia do que isso seja? Magda Maya, geógrafa, com
mestrado e doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade
Federal do Ceará (UFC), ela nos falou sobre um conceito que foi desenvolvendo
ao longo dos últimos anos e que já vem aplicando em palestras, aulas e com seus
clientes. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para começar, Magda destaca um
exemplo: “hoje já é de conhecimento de quem está mais ligado nisso que, se não
tiver abelha no mundo, não tem vida, porque elas são responsáveis pela
polinização de 90% dos vegetais. Essa é uma realidade que as pessoas estão
começando a ver. Se você prestar atenção, cada um dos animais tem uma função
ecológica. Eles estão aqui por um motivo. Se você trouxer isso para o ser humano,
se perguntar qual é a função ecológica dele, fica com essa grande interrogação
na cabeça. Se perguntar isso é uma chave para uma mudança de mentalidade a
respeito da Sustentabilidade“.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A consultora lembra que, até este
momento, nós estamos acostumados a tirar, a extrair coisas do Planeta e depois
processar e descartar: “É uma lógica linear. Mas o mundo, na atualidade, requer
que nós entendamos sistemas circulares. Quando alguém se coloca dentro do
sistema, vem a grande pergunta: como eu posso contribuir como ser humano, para
manter esse sistema? Isso é a lógica de pensamento da Sustentabilidade 4.0. É
uma virada de mindset. Nesta nova mentalidade, nós não achamos mais que a
natureza está à nossa disposição e sim que ela pode nos prestar serviços
fundamentais, os chamados Serviços Ecossistêmicos, e, ao mesmo tempo, possamos
contribuir para que esses ecossistemas se mantenham vivos e em funcionamento em
um grande Equilíbrio Ecológico“.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Exposto o conceito, como
operacionalizar? Como transitar do mundo em que vivemos até hoje, neste formato
linear facilmente reconhecível, para um mundo diferente, que se mostra
sistêmico? “Nesta teoria, da Sustentabilidade 4.0, eu falo nos quatro Rs,
reconexão pessoal, reputação empresarial, responsabilidade institucional e renovação
legal. Essas são as quatro urgências porque estamos vendo que a Legislação
Ambiental não está mais atendendo devido à grande flexibilização que a torna
frágil, podendo ser detonada a qualquer momento”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E continua: “por outro lado, as
instituições, que deveriam, cuidar, fiscalizar, licenciar, estão perdendo a
capacidade de fazer isso porque pautam todas as suas funções nas leis.
Consequentemente, as instituições fragilizadas dificultam o andamento do setor
produtivo, empresarial, que precisa ter a sua produtividade, mas esbarra em
burocracias institucionais e legais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ela concorda que é obvio que as
empresas têm que ter as suas responsabilidades: “isso é incontestável. Devem
trabalhar também a sua reputação. Não basta apenas seguir a lei. É preciso cuidar
das pessoas que constituem a empresa. Qual é a imagem que está passando e o que
está deixando para o mundo? Uma empresa hoje não pode ser só aquela que gera
lucro. Ela tem que ter uma função social”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Reconexão Pessoal -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>“Subindo os níveis, nós culminamos na reconexão
pessoal. Quem faz a lei? Quem trabalha nas instituições? Quem são empresários?
Funcionários? Todos são pessoas. E se as pessoas não estiverem motivadas para a
Sustentabilidade, se não estiverem sendo sensibilizadas ou entendendo qual é a sua
função ecológica no mundo, nós vamos continuar como estamos. Como trabalhamos
hoje? Terceirizando a culpa. Eu culpo a instituição pública, a instituição
pública culpa o setor empresarial, o setor empresarial culpa as leis, as leis
punem o cidadão e ficamos nesta grande teia que estamos vendo acontecer, com a
sensação de que a sustentabilidade não passa de um discurso”, resume a
consultora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Valoração dos Serviços Ecossistêmicos -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Magda ressalta que há mecanismos para cada um
sair desse círculo vicioso: “uma forma de as instituições puxarem para a
responsabilidade seria passar a utilizar a ferramenta da Valoração dos Serviços
Ecossistêmicos. Hoje, se uma empresa quer construir num determinado local, pede
a autorização com base nas leis, retira a natureza, paga um valor em dinheiro e
esse valor não é convertido em natureza e assim estamos perdendo toda a nossa
natureza. E perder natureza não é uma coisa insignificante. Estamos perdendo
saúde, qualidade de vida, segurança. Isso porque é um sistema. A cidade é um
sistema. Com a metodologia da Valoração dos Serviços Ecossistêmicos, segundo a
consultora, é como se a instituição tivesse nas mãos uma ferramenta para
calcular o quanto em natureza se perde ao colocar um empreendimento e aquele
empreendimento precisa compensar essa perda de natureza com natureza: “Se vai
perder 10 hectares de solo, que serão impermeabilizados, por exemplo, vai
calcular quais são os Serviços Ecossistêmicos daquele solo e a empresa vai ter
que compensar isso com formação de um novo solo, que pode ser num telhado. Uma
das funções do solo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é fazer com que a
água infiltre no subsolo. Então essa empresa vai dar um jeito de captar e
infiltrar no subsolo. Isso é compensar natureza com natureza e facilitaria
processos, licenciamento, recuperação ambiental e, ao mesmo tempo, propiciaria
que as empresas conseguissem existir e não que houvesse essa insegurança
jurídica generalizada. É realmente mudança de mentalidade, no nível pessoal,
empresarial, institucional e legal”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Legislação é fundamental -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Nossa entrevistada lembra que as leis são muito
importantes neste momento: “a renovação legal é fundamental e isso já está
começando a acontecer aqui, inclusive no Ceará, com a juíza Germana Moraes, que
trabalha com os Direitos da Natureza. O melhor exemplo é o que aconteceu em
Mariana. A nossa legislação como ela é tem uma limitação de multa que a Vale
vai ter que resolver. Mas mesmo que a Vale pague esse valor, ainda não compensa
a natureza. Se, dentro do ordenamento jurídico, for pensado o Ecocentrismo, como
os amantes da natureza pensam, o próprio rio processaria a empresa. Você vai
compensar um rio com dinheiro? Não. Como se compensa o dano causado ao rio? Com
recuperação de nascentes, de mata ciliar, algum tipo de recuperação da fauna da
região. Isso é compensação de natureza com natureza“. Magda destaca que isso já
é realidade no mundo. A Constituição do Equador, por exemplo, é toda pautada
nos Direitos da Natureza, chamada Pacha Mama, é Ecocêntrica e não
Antropocêntrica, como a nossa. Na Austrália e na Indonésia existem casos que
não chegam a nível de constituição, mas já são reconhecidos, como, por exemplo,
os direitos do Rio Ganges. Já existe esse pensamento do mundo, de recuperação
de natureza com natureza”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Começar pela Constituição,
destaca Magda, é crítico porque a legislação pauta o trabalho das instituições:
“Algumas instituições públicas de fiscalização, licenciamento e gerenciamento
ambiental precisam trabalhar a lógica, não só de avaliação de impacto, mas
também da avaliação de riscos. O caso das barracas da Praia do Futuro é emblemático.
Anos e anos a Justiça calculando se podem ou não ficar lá. Só pensam nos
impactos que as barracas causam ao meio ambiente. Mas não tem nenhuma avaliação
a respeito dos riscos de essas barracas estarem lá por conta da elevação do
nível do mar ou de ressaca ou de eventos climáticos que já estão acontecendo.
Ou quando se vai tirar uma vegetação na cidade não se pensa na drenagem porque
ela também amortece o impacto das chuvas”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E quais são os próximos passos?
“Com renovação legal, mudança de conduta institucional, como as empresas já
deveriam trabalhar de forma sustentável, como eu afeto a empresa se a
responsabilidade não dá conta? Com reputação. Muitas vezes a empresa não está
preocupada em estar regular, mas com a sua imagem. Em nível pessoal, é o maior
trabalho de todos. O que o Fritjof Capra chama de Ecoalfabetização dos adultos
é um caminho”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para as crianças, ela aponta a
Educação Ambiental:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“mas com uma matriz
diferenciada, pautada numa lógica sistêmica. É preciso trabalhar na raiz, a
responsabilidade em nível pessoal. Entender qual é a minha função ecológica.
Agora, por exemplo, muita gente está de olho no canudinho, mas quantos produtos
que consumimos são embalados em plástico? É tudo de plástico e ninguém está
percebendo isso. Deixar de usar o canudinho resolve? É claro que não. Precisa
de uma mudança muito grande. A indústria da embalagem precisa entrar neste
circuito”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Pesquisa e Inovação -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Além da educação, que vai demorar um tempo, para
a escritora, uma das saídas é investir em inovação e pesquisa de materiais que
substituam o plástico, os materiais biodegradáveis: “precisamos trabalhar com o
Ecodesign. Na Universidade de Bolonha, por exemplo, estão desenvolvendo em
nível molecular materiais que biodegradam mesmo que sejam descartados de forma
incorreta. Isso se chama Economia Circular, Cradle to Cradle (do berço ao
berço). O produto, desde a hora que é concebido, é pensado para, ao ser
descartado, voltar a ser natureza. Isso é o que temos na ponta da inovação. A
Adidas, por exemplo, está tirando lixo do mar para produzir tênis, mas, por
mais inovador que possa parecer, ainda não está na ponta porque o tênis tem
componentes que não são biodegradáveis. Se trata de um grande esforço para
criar um mundo todo novo. Este é o desafio. Por exemplo, que material
resistente nós temos na natureza que poderia substituir o plástico duro? Osso,
carapaça de caranguejo, casca de coco?”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">Solução está na Diversidade -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Para Magda, o veganismo é considerado o ápice da
reconexão: “Daí não é possível dizer que é viável 100%. Se todos forem veganos,
a pressão será colocada na produção de alimentos, que é um dos maiores
geradores de impactos ambientais. A diversidade é a solução para todos os
problemas do mundo, inclusive sociais. Nós temos que ser diferentes. É exatamente
a lógica da natureza, que tem resposta para tudo. As florestas mais ricas são
as mais biodiversas. Nós precisamos pensar diferente e criar um mundo novo.
Neste mundo pragmático, em que todos exigem respostas prontas e objetivas, é
difícil as pessoas entenderem que não temos respostas prontas, mas um grande
desafio de entender o tamanho do problema que nós temos e sermos criativos”.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Sustentabilidade
4.0 na prática</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E na prática, algum negócio já
adota o conceito da Sustentabilidade 4.0? “Sim. Conseguimos furar a barreira do
mercado imobiliário e levar essa proposta para um empreendimento, não apenas na
lógica do paisagismo e da preservação, mas de fomentar a natureza. O
empreendimento vai ser tornar uma grande floresta urbana que vai fomentar
Serviços Ecossistêmicos. Usando uma metodologia que mensura 24 categorias de
serviços ecossistêmicos, ele vai conseguir manter / fomentar 19, o que não é o
normal. O normal, na construção civil, é pegar o terreno e fazer terra
arrasada, desmatar tudo, fazer terraplanagem, solo batido, construções de
concreto, plantar uma árvore aqui outra acolá. Daí, lidar com problema de
drenagem, aumento de temperatura, quebra de ecossistemas, um impacto
gigantesco.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">E conclui: “a lógica de
empreendimento pautado em Valoração de Serviços Ecossistêmicos começa
preservando grande quantidade de árvores, toda a biomassa retirada é deixada no
próprio terreno, as espécies plantadas são adultas ou semi-adultas para atrair
aves, abelhas, permitir a infiltração da água do solo, espaço para hortas,
telhados aproveitados para jardins. Quem comprar um lote vai ter que seguir as
regras. Há um manual de boas condutas e convivência com a natureza”.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Maristela Crispim - Eco Nordeste/Envolverde</span> </span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-85733121356012081612019-04-11T18:56:00.000-03:002019-04-11T18:56:04.623-03:00Reserva legal: as regras sobre vegetação nativa em áreas rurais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaYkb8o7SD7UoME7j6gAowxCwDsbLTNAlnknEY-_objjQVs0lhTLl9-NZWKnI7xoLc4i4AdSAoZtCDC3EMQDTE9a99zlQmYjqLM2Ym_Gz8NEk9CtrQZMaqkm9yViKYn4tpSaBINy5N32OW/s1600/Reserva+legal+as+regras+sobre+vegeta%25C3%25A7%25C3%25A3o+nativa+em+%25C3%25A1reas+rurais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="479" data-original-width="768" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaYkb8o7SD7UoME7j6gAowxCwDsbLTNAlnknEY-_objjQVs0lhTLl9-NZWKnI7xoLc4i4AdSAoZtCDC3EMQDTE9a99zlQmYjqLM2Ym_Gz8NEk9CtrQZMaqkm9yViKYn4tpSaBINy5N32OW/s320/Reserva+legal+as+regras+sobre+vegeta%25C3%25A7%25C3%25A3o+nativa+em+%25C3%25A1reas+rurais.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As reservas legais, áreas de
preservação obrigatórias na zona rural, reconhecidas em lei desde os anos 1960,
têm sido alvo de propostas legislativas que as flexibilizam e, no limite,
procuram eliminá-las, apesar do avanço que elas representam para a manutenção
do ambiente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O senador Marcio Bittar (MDB-AC),
em março de 2019, apresentou um projeto de lei que elimina as menções às
reservas legais mínimas em propriedades rurais, algo que, se aprovado, deve
acabar com sua obrigatoriedade em fazendas e outros imóveis do tipo no país. A
justificativa para a eliminação, segundo o senador, é que a exigência de seu
manejo é um “entrave” para a agropecuária e o crescimento do país, além de
denotar interferência do Estado sobre a propriedade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">68,3% -</span></b><span style="color: #c00000;">
</span>da vegetação nativa no Brasil, em 2012, estava em áreas privadas
voltadas para a produção agrícola; são 367 milhões de hectares. A tramitação do
projeto de Bittar está em fase inicial — ele foi encaminhado na quarta-feira (4
de março 2019) a um relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do
Senado. A proposta é alinhada com ideias difundidas no Executivo por Jair
Bolsonaro (PSL) e pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que defendem
o fim de suposto “excesso” de proteção ambiental no país e apoio à
agropecuária.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O que é
uma reserva legal</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A reserva legal é uma área com
vegetação nativa (típica, natural do lugar onde fica o terreno) que todo imóvel
rural deve manter a fim de preservar a fauna e a flora local, segundo o Código
Florestal. A área pode ser explorada para fins econômicos, desde que de modo
sustentável. A definição de reservas legais como elas são hoje existe desde
1965, quando passou a vigorar uma lei que havia atualizado o antigo Código
Florestal, de 1934. Desde então, a manutenção dessas áreas se manteve em
atualizações posteriores, até a última versão do código, de 2012. As reservas
legais são consideradas um marco legal importante por seu papel no combate ao
desmatamento em áreas privadas, na opinião de ambientalistas. Na lei de hoje,
proprietários que o fazem em seus terrenos estão sujeitos a multa, apreensão
(dos produtos da infração, por exemplo) e suspensão de suas atividades, entre
outras sanções.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O que diz
a legislação</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As regras sobre reservas legais
no Brasil estão definidas no quarto capítulo do novo Código Florestal (lei
federal n. 12.651, de 2012), que estabelece a definição dessas áreas a partir
de sua localização (Amazônia Legal ou não) e bioma (floresta, cerrado, campos).
A Amazônia Legal é uma região de nove estados — Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão — onde há área
da bacia e de vegetações amazônicas. Ela recebe diferente tratamento na lei por
sua riqueza ambiental.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">80% -</span></b><span style="color: #c00000;">
</span>da vegetação nativa deve ser preservada em imóveis rurais, na Amazônia
Legal, situados em área de florestas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">35% -</span></b><span style="color: #c00000;">
</span>da vegetação nativa deve ser preservada em imóveis rurais, na Amazônia
Legal, situados em área de cerrado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">20% -</span></b><span style="color: #c00000;">
</span>da vegetação nativa deve ser preservada em imóveis rurais, na Amazônia
Legal, situados em área de campos gerais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">20% -</span></b><span style="color: #c00000;">
</span>da vegetação nativa deve ser preservada em outros quaisquer imóveis
rurais, em todos os biomas, nas demais regiões do país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As áreas são definidas no
interior dos imóveis a partir de fatores como a bacia hidrográfica na
localidade, a possibilidade de formação de corredores ecológicos com outras
áreas protegidas, a fragilidade ambiental e a importância de cada trecho da
terra para a biodiversidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Algumas regras acima podem variar
em casos específicos — elas não valem para imóveis adquiridos para a construção
de rodovias e podem ser mais flexíveis em casos em que o proprietário inclui
seu imóvel no Cadastro Ambiental Rural, sistema federal de monitoramento,
controle e combate ao desmatamento no país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A exploração econômica nas
reservas é permitida se houver manejo sustentável (ou seja, racional, com
impacto ambiental mínimo), cuja atividade deve ser previamente declarada ao Sisnama
(Sistema Nacional do Meio Ambiente) do Ministério do Meio Ambiente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nos casos de exploração para fins
comerciais (e não para consumo), não basta declarar ao Sisnama — o sistema deve
autorizar as atividades. É preciso garantir, segundo a lei, que a exploração
não descaracterize vegetação na reserva, não prejudique a diversidade e esteja
acompanhada de medidas para regenerar espécies nativas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Além das reservas legais, o
Código Florestal criou as APPs (áreas de proteção permanente), áreas que devem
permanecer “intocadas”, sem exploração de nenhum tipo. São geralmente regiões
sensíveis em um terreno, como nascentes e bordas de rios, entornos de lagos,
topos de morros, manguezais, bordas de chapadas e tabuleiros, entre outras.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Qual o
debate em torno da proposta</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">A propriedade -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Para o senador Marcio Bittar, cuja proposta
elimina por inteiro o quarto capítulo do Código Florestal, as regras sobre
reserva legal são “excessivamente drásticas” e colidem com o direito à
propriedade (um direito fundamental, inscrito no artigo 5º da Constituição), ao
atribuírem ao Estado uma decisão sobre como um terreno comprado por seu
proprietário deve ser administrado. Ele fala ainda que as regras ferem
objetivos de crescimento econômico e geração de oportunidades. O senador não
propõe a extinção das áreas de proteção permanente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">O meio ambiente -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Eliminada a obrigatoriedade das reservas, o
Código Florestal deve ser mais permissivo ao desmatamento em áreas rurais
privadas — medida que, na prática, prejudica os ecossistemas (com menos
árvores, há menos biodiversidade, menos chuvas, mais erosão do solo) e
contraria o direito coletivo dos brasileiros ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado (artigo 225 da Constituição Federal). O Código Florestal define
ainda que florestas e outras formas de vegetação nativa (artigo 2º) “são bens
de interesse comum a todos os habitantes do país”.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A
flexibilização do novo Código Florestal</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Aprovado em 2012, o novo Código
Florestal, que substituiu uma versão de 1965, ainda hoje recebe críticas de ambientalistas
por ter, segundo eles, flexibilizado regras antes mais rígidas de proteção
vegetal nativa. As principais críticas estão sobre aspectos como a anistia de
multas para quem tenha desmatado áreas protegidas antes das novas regras, a
diminuição da recomposição da vegetação desmatada e a redução das áreas de
reservas legais e APPs em casos antes não previstos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">40 mil km² -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>foi a perda de mata nativa que o desmatamento
causou na floresta amazônica em 2018, segundo o Imazon (Instituto do Homem e
Meio Ambiente da Amazônia); área equivale a 13 cidades de Belo Horizonte.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">83% -</span></b><span style="color: #c00000;">
</span>das derrubadas se converteram em áreas de pasto e agricultura;
destruição atingiu mais áreas privadas ou sem destinação, assentamentos e
unidades de conservação, segundo o instituto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Um exemplo foi a inclusão de um
trecho (artigo 15, parágrafo 5), a pedido do Amapá, durante a elaboração do
novo código, que permite aos estados amazônicos reduzirem as reserva legal de
80% para 50% de suas propriedades rurais se mais de 65% dos territórios
estaduais estiverem protegidos por unidades de conservação ou terras indígenas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Anos depois, em 2018, um estudo
publicado na revista Nature Sustainability, de pesquisadores da Universidade de
São Paulo e de duas universidades suecas, afirmou que até 15 milhões de
hectares de floresta tropical na Amazônia correm o risco de perder proteção se
um artigo como esse for implementado nestes e nos próximos anos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O desmatamento é um dos
principais desafios do Brasil do ponto de vista ambiental — por causa dele, o
país está entre os maiores emissores (7º) de gases do efeito estufa do mundo.
Para cumprir com suas metas no Acordo de Paris, tratado internacional do clima
de 2015, o Estado prometeu reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Mariana Vick</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-5488980941598984422019-03-28T15:16:00.002-03:002019-03-28T15:27:26.053-03:00Amazônia: Descoberto oceano subterrâneo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjru0YJ2M_R5reWQtMCw3wsinD_QSLnXz_L4wj5T7RQ_ZDHRwtOQ70VzbzhtORmw8FQ3a4QcQ_lIfhQWpCsd4Wb-n0w5hc9XI2ZVcdvJvbo1qS4QJam81zZXAK5BX-lYtNmgZDsUnLvGCqy/s1600/Amaz%25C3%25B4nia+Descoberto+oceano+subterr%25C3%25A2neo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="464" data-original-width="768" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjru0YJ2M_R5reWQtMCw3wsinD_QSLnXz_L4wj5T7RQ_ZDHRwtOQ70VzbzhtORmw8FQ3a4QcQ_lIfhQWpCsd4Wb-n0w5hc9XI2ZVcdvJvbo1qS4QJam81zZXAK5BX-lYtNmgZDsUnLvGCqy/s320/Amaz%25C3%25B4nia+Descoberto+oceano+subterr%25C3%25A2neo.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Durante Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da
Universidade Federal do Acre (UFAC), foi estimado que a Amazônia tem um oceano
subterrâneo. A reserva de água tem volume de cerca de 160 trilhões de metros
cúbicos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A informação é de João Lara
Mesquita, publicada por O Estado de S. Paulo, na data de 13 março de 2019.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O volume é 3,5 vezes maior do que
o do Aquífero Guarani. Este depósito de água doce subterrânea abrange os
territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil. Ele tem 1,2 milhão de
quilômetros quadrados (km2) de extensão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">De acordo com a equipe, a reserva
subterrânea representa mais de 80% do total da água da Amazônia. A água dos
rios amazônicos, por exemplo, representa somente 8% do sistema hidrológico do
bioma. As águas atmosféricas têm esse mesmo percentual de participação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Falta estudar Oceano subterrâneo
descoberto - O conhecimento sobre esse “oceano subterrâneo” ainda é muito
escasso. Precisa ser aprimorado tanto para avaliar a possibilidade de uso para
abastecimento humano, como para preservá-lo em razão de sua importância.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Aquífero, ou mar subterrâneo,
fica em Alter do Chão - Os trabalhos sobre o Aquífero da Amazônia foram
iniciados há apenas 10 anos. O estudo indicou que está situado em meio ao
cenário de uma das mais belas praias fluviais do país. Ele teria um depósito de
água doce subterrânea com volume aproximado de 86,4 trilhões de metros cúbicos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Denominado pelo pesquisador como
Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga), ele começou a ser formado a partir do
período Cretáceo, há cerca de 135 milhões de anos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Ainda não se sabe se é água para
consumo - Uma das limitações para a utilização da água disponível é a
precariedade do conhecimento sobre suas características. Falta obter
informações sobre a qualidade da água do reservatório para identificar se é
apropriada para o consumo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Dificuldades no caminho - De
acordo com Ingo Daniel Wahnfried, professor da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), um dos principais obstáculos para estudar o Aquífero Amazônia é a
complexidade do sistema. O reservatório é composto por grandes rios, com
camadas sedimentares de diferentes profundidades.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Águas permanentemente livres - Diferentemente
do Aquífero Guarani, acessível apenas por suas bordas, as áreas do Aquífero
Amazônia são permanentemente livres. No Amazonas 71% dos municípios utilizam
água subterrânea. Segundo o pesquisador, a água subterrânea é amplamente
distribuída e disponível na Amazônia. No estado do Amazonas 71%, dos 62
municípios, utilizam água subterrânea (não do aquífero) como a principal fonte
de abastecimento público. Já, dos 22 municípios do Estado do Acre, quatro são
totalmente abastecidos com água subterrânea.<o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Fonte: <span style="color: lime;">IHU - Unisinos</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-20442093357464947862019-03-08T14:23:00.000-03:002019-03-08T14:23:04.417-03:00Barragem de Rejeito - O que é e como funciona<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9ZB6Zi_KlYepyF6Qdq4oX-y4hQ3c379izHdN92S2bKOrT0TTf28DwDC3e1THAlo1RXEI3z3RHefOFEbQ_ieWjOAF1BM2kxFU7cGM9yu1WHSS_tzCrwt4DT60ubZyB2mxqGa25Bbp5wuV7/s1600/barragem+rejeito+o+que+%25C3%25A9+e+como+funciona.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="666" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9ZB6Zi_KlYepyF6Qdq4oX-y4hQ3c379izHdN92S2bKOrT0TTf28DwDC3e1THAlo1RXEI3z3RHefOFEbQ_ieWjOAF1BM2kxFU7cGM9yu1WHSS_tzCrwt4DT60ubZyB2mxqGa25Bbp5wuV7/s320/barragem+rejeito+o+que+%25C3%25A9+e+como+funciona.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Uma barragem de rejeito é uma
estrutura de terra construída para armazenar resíduos de mineração, os quais
são definidos como a fração estéril produzida pelo beneficiamento de minérios,
em um processo mecânico e/ou químico que divide o mineral bruto em concentrado
e rejeito. O rejeito é um material que não possui maior valor econômico, mas
para salvaguardas ambientais deve ser devidamente armazenado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">O QUE É O REJEITO DAS BARRAGENS -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>As características dos rejeitos variam de acordo
com o tipo de mineral e de seu tratamento em planta (beneficiamento). Podem ser
finos, compostos de siltes e argilas, depositados sob forma de lama, ou
formados por materiais não plásticos, (areias) que apresentam granulometria
mais grossa e são denominados rejeitos granulares. Os rejeitos granulares são
altamente permeáveis e contam com uma boa resistência ao cisalhamento, enquanto
os rejeitos de granulometria fina, abaixo de 0.074 mm (lamas), apresentam alta
plasticidade, alta compressibilidade e são de difícil sedimentação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O rejeito em forma de polpa passa
por três etapas de comportamento:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">- Comportamento de lâmina
líquida, com floculação das partículas de menor tamanho. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">- Em processo de sedimentação,
apresentando comportamento semilíquido e semi-viscoso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">- Em processo de adensamento,
comportando-se como um solo. É importante mencionar que o rejeito não é
propriamente um solo, mas para fins geotécnicos seu comportamento é considerado
equivalente a de um solo com características de baixa resistência ao cisalhamento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">TRANSPORTE E DESCARGA DE REJEITOS -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Os rejeitos são transportados em forma de polpa,
sendo algumas vezes por gravidade através de canais ou por meio de tubulações,
com ou sem sistemas de bombeamento, dependendo das elevações relativas entre a
planta de beneficiamento e o local onde será descartado. O sistema de tubulação
é dimensionado com base na velocidade mínima de fluxo necessária para evitar
que as partículas no estado sólido do rejeito se sedimentem e obstruam a
tubulação. Esta velocidade depende tanto da densidade da polpa, como do tamanho
das partículas, variando aproximadamente entre 1.5 a 3.0 m/s. Atualmente, se
usam tubulações de polietileno de alta densidade (HDPE).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">SEGREGAÇÃO HIDRÁULICA -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>A segregação hidráulica é um processo de
disposição onde partículas de diferentes tamanhos são dispostas a distâncias
específicas em relação ao ponto de lançamento. A segregação hidráulica
apresenta um efeito direto na distribuição granulométrica e nas condições de
fluxo ao longo da praia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">EVAPORAÇÃO -</span></b> No processo de
disposição de rejeitos, normalmente o intervalo de tempo entre o lançamento de
camadas consecutivas é suficiente para permitir o ressecamento da camada
anterior lançada. À medida que o grau de saturação diminui, a sucção
desenvolvida pode ser suficientemente alta para aumentar a resistência do
material, formando um perfil geotécnico com características de pré-adensamento,
o que contribui na minimização de recalques após o final da disposição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">SEDIMENTAÇÃO -</span></b> No momento da
disposição dos rejeitos, algumas regiões da camada tornam-se mais densas que
outras, dependendo do tipo de disposição. Disposições turbulentas tenderiam a
provocar maiores índices de vazios nas camadas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">ADENSAMENTO -</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>Adensamento é o processo que envolve a ocorrência
de deformações e aumento da tensão efetiva no material, com o consequente
aumento de sua resistência, devido à dissipação dos excessos de poropressão ao
longo do tempo. A polpa depositada no reservatório possui considerável
quantidade da água no momento de sua disposição, sendo fundamental a existência
de um sistema de drenagem eficiente para garantir a ocorrência do adensamento.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Quais os
impactos de uma barragem de rejeitos</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Encontramos a resposta fácil de
entender, num artigo do engenheiro Fernando Arturo Erazo Lozano, da USP,
publicado no TEC Hoje, portal do Instituto de Educação Tecnológica (IETEC).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Barragens de rejeitos são
estruturas que têm a finalidade de reter os resíduos sólidos e água dos
processos de beneficiamento de minério. O engenheiro Fernando Arturo Erazo
Lozano, em dissertação apresentada à USP, analisa sobre a Seleção de Locais
para Barragens de Rejeitos Usando o Método de Análise Hierárquica. O autor
explica que o planejamento inicia com a procura do local para implantação,
etapa na qual se deve vincular todo tipo de variáveis que direta ou
indiretamente influenciam a obra: características geológicas, hidrológicas,
topográficas, geotécnicas, ambientais, sociais, avaliação de riscos, entre
outras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nos processos de beneficiamento,
a quantidade gerada de rejeitos é muito alta, e a disposição é feita,
dependendo dos objetivos econômicos da mineradora, em superfície, ou vinculada
no processo de extração do minério de forma subterrânea ou a céu aberto.
Fernando Lozano afirma que existem dois tipos de resíduos produzidos pelas
atividades mineradoras, os estéreis e os rejeitos. “Os estéreis são dispostos,
geralmente, em pilhas e utilizados algumas vezes no próprio sistema de extração
do minério. Os rejeitos são resultantes do processo de beneficiamento do
minério, contem elevado grau de toxicidade, além de partículas dissolvidas e em
suspensão, metais pesados e reagentes”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nas estruturas da construção de
uma barragem de rejeitos é importante a escolha da localização até o
fechamento, que deve seguir as normas ambientais e os critérios econômicos,
geotécnicos, estruturais, sociais e de segurança e risco. “O planejamento e o
projeto da barragem de rejeitos devem incluir programas de ensaio em campo e em
laboratório das fundações, rochas e materiais de empréstimo, para avaliar suas
propriedades físicas e mecânicas, além das características das águas
subterrâneas, sua localização e composição”, diz Fernando Lozano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Empresas mineradoras possuem
variáveis consideradas para determinar a melhor opção de local que se limitam
às economias. Fernando Lozano afirma que “as novas legislações ambientais,
obrigam os mineradores a considerar também as variáveis ambientais, as
estruturas, as geológicas e até os impactos que os rejeitos gerarão nas
comunidades circunvizinhas”.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Bio Orbis</span> </span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-85991709630196740512019-01-23T22:46:00.000-02:002019-01-23T22:46:30.962-02:00Dessalinização e Reúso devem crescer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitx0jpMRtZyGG8X8jHDIN3ceWZawdKCpUBq_Zxxn9RZUvQLYu9XK-y4Mqwue1GTv8NUx6uSnwRVYRkPquUqFpEOmlORwKASuqfFcm_3q28nueG_8Fvv7O3x4_6dXd3pqWaLQmBr2F9vZWp/s1600/Dessaliniza%25C3%25A7%25C3%25A3o+e+Re%25C3%25BAso+devem+crescer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="768" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitx0jpMRtZyGG8X8jHDIN3ceWZawdKCpUBq_Zxxn9RZUvQLYu9XK-y4Mqwue1GTv8NUx6uSnwRVYRkPquUqFpEOmlORwKASuqfFcm_3q28nueG_8Fvv7O3x4_6dXd3pqWaLQmBr2F9vZWp/s320/Dessaliniza%25C3%25A7%25C3%25A3o+e+Re%25C3%25BAso+devem+crescer.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Com a introdução do novo Manual
de Segurança da Água da IDA, a Associação Internacional de Dessalinização (IDA)
e a Global Water Intelligence (GWI) divulgaram a última visão para os mercados
mundiais de dessalinização e reutilização de água. O documento mostra que após
três anos – período onde o mercado de dessalinização permaneceu estável – 2019
deve ser o ano de maior crescimento de projetos de dessalinização desde o final
dos anos 2000.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O 31º inventário de
dessalinização (que cobre de julho de 2017 a junho de 2018) aponta que a
capacidade mundial instalada de dessalinização é de 97,4 milhões m³/dia,
enquanto a capacidade total acumulada global é de 104,7 milhões m³ diários. Até
junho de 2018, mais de 20 mil usinas de dessalinização haviam sido contratadas
em todo o mundo. Em relação ao reúso, a capacidade global de reutilização
contratada quase dobrou desde 2010, com a capacidade contratada acumulada
aumentando de 59,7 milhões de m³/dia, em 2009, para 118 milhões de m³/dia, em
2017. “A IDA sempre defendeu soluções para a escassez de água apoiando o
desenvolvimento da indústria de dessalinização e reutilização de água para
garantir água sustentável e recursos naturais. Nas últimas décadas, nossa
indústria alcançou uma importante redução nos custos não convencionais de água
e aumentou a qualidade para garantir a sustentabilidade da água”, afirmou
Miguel Angel Sanz, Presidente da IDA.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Dessalinização e reutilização da
água são soluções de abastecimento ambientalmente corretas e estão em
consonância com a economia circular da água. “As tendências que estamos vendo
apontam para um amplo reconhecimento de que essas soluções avançadas de
tratamento de água são essenciais para a saúde e o bem-estar das pessoas e das
economias em todo o mundo, tanto agora como no futuro”, disse Shannon McCarthy,
Secretária-Geral da IDA. De acordo com Christopher Gasson, editor da GWI, o
grande avanço recente está relacionado ao custo dos projetos de dessalinização.
“Propostas de projetos na Arábia Saudita e Abu Dhabi viram o preço cair abaixo
de US$ 0,50/m³ pela primeira vez, o que é uma ótima notícia”. Gasson espera que
2019 seja o melhor ano no mercado de dessalinização. Em termos de reutilização
de água, os preços para água potável indireta estão na faixa de US$ 0,30 a US$
0,40, mas o mercado ainda é retido pelas percepções do público.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os projetos de dessalinização
crescem cada vez mais entre os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC)
– formado por Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e
Kuwait. De acordo com o Manual de Segurança Hídrica de 2018-2019, 1,9 milhão de
m³/dia de capacidade de água do mar foram contratados no primeiro semestre de
2018, um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2017. Desde então, os
licitantes preferidos surgiram em projetos que totalizam mais de 1 milhão de m³
diários em novas capacidades adicionais na região. No entanto, nem todas as
grandes fábricas de água do mar contratadas estão localizadas no Oriente Médio.
O maior empreendimento de dessalinização de água do mar listado no 31º
inventário de dessalinização é o projeto de 378 mil m³/dia de osmose reversa de
água do mar (SWRO) em Rosarito, México. Globalmente, a capacidade contratada de
dessalinização de água salobra diminuiu 19% ano a ano, mas nos EUA a dessalinização
de água salobra aumentou significativamente, totalizando 205.600 m³/dia, o
maior nível desde 2012 e um aumento de 26% em relação a 2016, uma divisão
razoavelmente uniforme entre plantas municipais e industriais. A dessalinização
de água de alimentação de baixa concentração, como água residual e água
superficial de baixa concentração, cresceu quase 25% da capacidade total em
2017, em comparação a aproximadamente 15% em 2016. A maior parte dessa
capacidade é composta por grandes estações de tratamento de águas residuais na
China e na Índia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O manual também relata que o
mercado de dessalinização industrial cresceu 21% em capacidade contratada entre
2016 e 2017. O aumento da atividade em petróleo e gás, upstream e downstream, representou
mais de um terço da capacidade industrial contratada em 2017, enquanto o
aumento dos preços das commodities revitalizou a atividade de dessalinização na
indústria de mineração, com 201.000 m3/dia de nova capacidade contratada
somente no primeiro semestre de 2018. A indústria de microeletrônica também
está criando oportunidades para tecnologias de dessalinização, com capacidade
contratada neste setor mais do que dobrando entre 2016-2017. Do ponto de vista
geográfico, a capacidade contratada no Oriente Médio – o maior mercado de
dessalinização – caiu de 2016 para 2017, mas foi compensada em 2018 com a
concessão de vários grandes projetos.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Envolverde</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-686056304771509622019-01-16T22:44:00.000-02:002019-01-16T22:44:19.479-02:00Princípio da Precaução: tão urgente e tão esquecido<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmNAKK-oj-BSKuYLWsQOs0WmLvKlcQP-Za4lmangyVsfGIG1ncjqbEQt_yQLN6oaWErSRQ9mWTWWerJEagFxqlmxJhx9PKMNxk3kZJvdOCOK9rBYyF9gfEqEYkoJ2PlLC_vjLngu_9y-OA/s1600/Princ%25C3%25ADpio+da+Precau%25C3%25A7%25C3%25A3o+t%25C3%25A3o+urgente+e+t%25C3%25A3o+esquecido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmNAKK-oj-BSKuYLWsQOs0WmLvKlcQP-Za4lmangyVsfGIG1ncjqbEQt_yQLN6oaWErSRQ9mWTWWerJEagFxqlmxJhx9PKMNxk3kZJvdOCOK9rBYyF9gfEqEYkoJ2PlLC_vjLngu_9y-OA/s320/Princ%25C3%25ADpio+da+Precau%25C3%25A7%25C3%25A3o+t%25C3%25A3o+urgente+e+t%25C3%25A3o+esquecido.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: Calibri;">Memória, ah, essa memória
histórica, que dá sentido e é importante para começos e recomeços. Nesse
recuperar do tempo, o Princípio 15 – da Precaução (precautio-onis, em latim),
instituído da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
(Rio 92), que se tornou essencial no Direito Ambiental, é tão emergente hoje e
ao mesmo tempo tão esquecido no tabuleiro da governança pública local e global…
Trata-se, no fundo, da chamada “ética do cuidado” e do gerenciamento de risco
que cabe aos agentes econômicos, que em sua atividade, provocam ou têm
potencial de provocar passivos.</span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O objetivo não tem sentido dúbio:
“Para que o ambiente seja protegido, serão aplicadas pelos Estados, de acordo
com as suas capacidades, medidas preventivas. Onde existam ameaças de riscos
sérios ou irreversíveis, não será utilizada a falta de certeza científica total
como razão para o adiamento de medidas eficazes, em termos de custo, para
evitar a degradação ambiental”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No mesmo ano da Rio-92, o
princípio foi introduzido no Tratado de Maastricht, conhecido como Tratado da
União Europeia. Os governantes já tinham clareza da relação de causas e
consequências.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Ao retornar mais na linha dos
séculos, a trajetória desde princípio tem sua gênese na Grécia antiga, que
incorpora o cuidado e a ciência da necessidade do mesmo. Quando ingressamos no
século XX, na Alemanha, por volta dos anos 70, foi adotado o chamado
Vorsorgeprinzip diante dos efeitos deletérios da poluição industrial (das
chuvas ácidas) e se expandiu nos anos seguintes pela Europa e demais
continentes. Dessa forma, a saúde ambiental também entra na agenda, como um
alerta de causa e efeito no período Antropoceno.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em 1973, a Suécia expôs a preocupação em sua
Lei sobre Produtos Perigosos para o Homem e para o Meio Ambiente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No Brasil, o Princípio da
Precaução está claro na Política Nacional do Meio Ambiente, (Lei 6.938/81),
quando cita que a PNMC e as ações dela decorrentes, executadas sob a
responsabilidade dos entes políticos e dos órgãos da administração pública,
observarão os princípios da precaução, da prevenção, da participação cidadã, do
desenvolvimento sustentável e o das responsabilidades comuns, porém
diferenciadas, este último no âmbito internacional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Especialmente no seu artigo 4°, I
e IV, que expressa à necessidade de haver um equilíbrio entre o desenvolvimento
econômico e a utilização dos recursos naturais, e também introduz a avaliação
do impacto ambiental como requisito para a instalação da atividade industrial.
E, sem dúvida, no artigo 225 da Constituição Federal de 1988.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A Lei dos Crimes Ambientais
(9.605/1998) também adota o princípio da precaução, em seu artigo 54, § 3º, que
“incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar,
quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de
risco de dano ambiental grave ou irreversível”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Na esfera das negociações
internacionais, no ano de 1985 se firmou o primeiro acordo multilateral sobre o
tema – a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e em 1987 foi
instituído, o Protocolo de Montreal. A Convenção “Quadro sobre a Mudança do
Clima” expressa que “as políticas e medidas adotadas para enfrentar a mudança
do clima devem ser eficazes em função dos custos, de modo a assegurar os
benefícios mundiais ao menor custo possível.”, como destaca o jurista Paulo
Leme Machado. Outros acordos, como Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB
e o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança também tratam da precaução.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">As Cortes Internacionais têm
usado o princípio. Entre elas, a de Justiça, o Tribunal Internacional do
Direito do Mar e o Tribunal de Justiça da União Europeia, e aqui no Brasil, os
próprios Superiores Tribunais Federal e de Justiça.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O que é notório ao analisar
inúmeros acidentes ambientais que ocorrem e podem ‘potencialmente’ ocorrer no
país e no mundo, é que se o princípio de precaução fosse realmente usado na
prática de forma constante, evitaria uma série de ocorrências de pequeno a
grande porte que afetam todo o ecossistema, muitas vezes, extinguindo espécies,
vidas humanas, como também causando sequelas que seguem anos a fio. Ainda há um
longo percurso a percorrer do alinhamento do direito ambiental com as práticas
de governança: mas será que teremos tempo para remediar os efeitos da ausência
de precaução?<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Sucena Shkrada Resk - Jornalista</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-38294812516338631642018-12-28T17:00:00.001-02:002018-12-28T17:00:52.994-02:00Estamos trocando a realidade pela ficção<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIVOSFVxPFScP_s8Uc-WwmTwYvKYcM9bYMH5hWhQfmX3lHOxQutRdRPZngL_5srJ4WrAbH4ZTLu9ibmg0JCkB_OA69BhMNFGOciTTWZPJMjRihmNplJuHB5YAKbTKJ_nFGudLnmZCfRRwr/s1600/Estamos+trocando+a+realidade+pela+fic%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="708" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIVOSFVxPFScP_s8Uc-WwmTwYvKYcM9bYMH5hWhQfmX3lHOxQutRdRPZngL_5srJ4WrAbH4ZTLu9ibmg0JCkB_OA69BhMNFGOciTTWZPJMjRihmNplJuHB5YAKbTKJ_nFGudLnmZCfRRwr/s320/Estamos+trocando+a+realidade+pela+fic%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Quanto mais são as razões para
agirmos com urgência no combate às mudanças climáticas, mais absurdos
contribuem para impedir seu avanço.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Desde a Conferência Climática de
Copenhague, a COP 15 em 2009, muito se discutiu e passo a passo foi se chegando
ao consenso do perigo representado pelas mudanças climáticas até se chegar ao
Acordo de Paris estabelecido em 2015. O documento contou com a chancela de 195
países e tudo fazia crer que entraríamos num processo sério e efetivo no
combate ao aquecimento global.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Eis que nacionalismos limítrofes,
comandados pelo governo norte-americano de Trump passou a questionar o acordo e
até mesmo a existência irrefutável do aquecimento do planeta. Agora se junta a
ele o governo brasileiro do presidente eleito Jair Bolsonaro em que muitos
classificam as mudanças climáticas como sendo um complô do marxismo globalista.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Assim como o presidente americano
disse não acreditar no relatório preparado pelo seu próprio governo quanto aos
perigos das mudanças climáticas para a economia e a segurança dos Estados
Unidos, nossas novas lideranças tem feito a incrível troca da ciência e dos
fatos pelas opiniões e crenças. Portanto, nada mais natural do que o novo
governo ter contribuído para cancelar a realização da COP 25 no Brasil em 2019.
Sem dúvida, uma maneira de manter a coerência de um pensamento incoerente,
ignorante e perigoso para a humanidade, mas que faz todo o sentido pelo andar
da carruagem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não é à toa que desde a semana
passada em Katowice, na Polônia palco da COP 24 estar registrando alguns
dissabores para os que trabalham pelo sério e responsável enfrentamento das
mudanças climáticas.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;"><span style="font-family: Calibri;">O Renascimento do Carvão</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Eis que Estados Unidos e a Arábia
Saudita usaram Conferência Climática na Polônia para elogiar e reforçar o uso
do carvão como, vejam bem, “fonte limpa de energia”, um verdadeiro escárnio às
informações que cada vez mais colocam os combustíveis fósseis como os grandes
vilões do aquecimento global.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O relatório divulgado em outubro
pelo IPCC – sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas – concluiu que será necessário reduzir em 50% as emissões de gases
de efeito estufa até 2030 tendo como base as emissões de 2010 com o objetivo de
conter o aumento da temperatura média do planeta. Mesmo assim durante a COP na
Polônia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Rússia e Kuwait tem feito oposição à
aprovação do relatório que precisa da assinatura de todos os países
participantes da cúpula.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Apesar das severas críticas que
tem sido feitas a esses grandes emissores, não parece muito provável que eles
mudem de posição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Mesmo diante de tragédias
causadas pelos fenômenos climáticos extremos, uma das terríveis consequências
do aquecimento global e da opinião de cientistas e especialistas da própria
Casa Branca, Trump não parece capaz de alterar sua crença. Seria muito
engraçado se não fosse trágico, uma ironia feita pelo ex-prefeito de Nova York,
Michael Bloomberg, ao dizer que “O governo Trump continua promovendo o carvão
em uma cúpula sobre o clima da ONU. O que vai fazer depois? Ignorar a ciência
sobre o tabaco e promovê-lo em uma conferência mundial sobre o câncer?”, bem
diante dos absurdos que temos visto é melhor não duvidar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Assim como nos Estados Unidos, o
Brasil, país com a maior biodiversidade e floresta tropical do mundo, as
opiniões e crenças passam agora a prevalecer sobre a ciência e os fatos.
Afinal, parece mais confortável para os líderes desses países “achar” alguma
coisa do que discutir com seriedade temas mais complexos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Desse modo as teorias conspiratórias
imaginadas por esses líderes colocam em risco o futuro do planeta e de todos
nós que aqui vivemos. Se mesmo com todos de acordo o caminho não se mostrava
muito fácil, o obscurantismo torna tudo mais difícil e incerto. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Que o céu nos ajude!!!<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Reinaldo Canto - Envolverde</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-75065811694995282182018-12-20T22:11:00.000-02:002018-12-20T22:11:40.435-02:00A humanidade precisa de um novo salto evolutivo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibKcPu2uW8uhOaSI_ucYz5G49JpWP-HjbAn25VgtYzfElOxAav5XMlgaTRe96Vos7cKrAglWz3gVq7UjisschmMb8M83cH3o31i3nmT8DP52ZLtH_PLQH1gWl7ba3QbKA2jiJ6GqTsPdI3/s1600/A+humanidade+precisa+de+um+novo+salto+evolutivo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="409" data-original-width="768" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibKcPu2uW8uhOaSI_ucYz5G49JpWP-HjbAn25VgtYzfElOxAav5XMlgaTRe96Vos7cKrAglWz3gVq7UjisschmMb8M83cH3o31i3nmT8DP52ZLtH_PLQH1gWl7ba3QbKA2jiJ6GqTsPdI3/s320/A+humanidade+precisa+de+um+novo+salto+evolutivo.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Todos os anos, no dia 5 de junho,
data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as empresas distribuem
milhares de releases enaltecendo as próprias qualidades de sustentabilidade,
escolas promovem oficinas de reciclagem e políticos posam com criancinhas
plantando árvores. É uma beleza só. De repente o mundo fica mais sustentável,
só que não! Contudo, as ações e discursos enaltecendo as atitudes sustentáveis
servem para mostrar que o problema não é mais a falta de educação ou falta de
conhecimento sobre os impactos que os hábitos humanos estão causando sobre o
planeta, sobre a biodiversidade, sobre o habitat humano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Já não há mais tanta gente
falando em “salvar o planeta”, porque esse não é o dilema que a humanidade
vive, pelo contrário, a Terra sabe se virar sozinha. Ela vem fazendo isso a
quatro bilhões de anos e vai continuar girando em torno do Sol por mais quatro
ou cinco bilhões de anos. É muito tempo de passado e de futuro. Já a humanidade
está aqui a pouco mais de 100 mil anos, tem 10 mil anos de agricultura e pouco
mais de 2 mil anos de história escrita. Até o anos de 1800 os impactos da
humanidade sobre o planeta eram quase insignificantes, apesar de já terem
extintos algumas espécies de animais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nesses últimos 200 anos, mais
propriamente nos últimos 60 anos, é que a humanidade realmente mostrou suas
garras e passou a exigir da Terra muito mais do que ela pode oferecer. A
população durante o século 20 saltou de 1,65 bilhão no ano de 1900, para 2,50
bilhões em 1950 e para 6,07 bilhões em 2000. Em 2011 a população humana
ultrapassou 7 bilhões de pessoas e a estimativa é de que seremos 9 bilhões em
2050.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Esse crescimento exponencial da
população se reflete, também, na super exploração de recursos naturais e na
degradação de ambientes em todo o planeta. O mais impressionante nessa história
é que os impactos da humanidade sobre a maior parte dos recursos naturais era
muito baixo até o ano de 1950, depois disso o desarranjo dos ecossistemas se
tornou praticamente irreversível caso os modelos de desenvolvimento e os
tradicionais métodos de produção e consumo não sejam drasticamente alterados,
isso deixa claro que todos os indicadores de uso de recursos naturais e a perda
de espécies e biomas estão em um movimento crescente.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Impactos
da Humanidade sobre o Planeta</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Educação e conhecimento não bastam -</b> A conversa corrente de que é
preciso mais educação e conhecimento para que as pessoas mudem de comportamento
em relação ao meio ambiente não é mais o suficiente para uma real transformação
ainda a tempo de preservar o habitat humano e de outras milhares de espécies
que povoam a Terra.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não se trata mais de
um desenvolvimento civilizatório, a ciência já tem todos os diagnósticos
necessários em relação às mudanças climáticas, à extinção de espécies, a perda
de florestas tropicais, o uso de combustíveis fósseis e sobre a maior parte dos
Indicadores que apontam para uma tragédia socioambiental de grandes proporções.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Um dado alarmante é que
atualmente a população humana é de pouco mais de sete bilhões de pessoas. No
entanto, apenas três bilhões tem um padrão de vida que pode ser considerado
confortável. Os quatro bilhões e pouco restantes padecem de algum tipo de
carência, seja alimentar, de saúde, de educação, de habitação, água, trabalho
ou outros direitos considerados universais, mas que não estão universalizados.
Ou seja, o atual modelo de desenvolvimento não consegue suprir as necessidades
básicas da humanidade como um todo. E não é por falta de informação ou
conhecimento que as coisas não funcionam como deveriam.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Empresas e governos estão há anos
debatendo quais são os limites de suas ações e procrastinando as possíveis
soluções. As conferências realizadas no âmbito das Nações Unidas avançam de
forma discreta em diversas frentes, conseguem resolver umas poucas coisas, mas
não tem a efetividade necessária para gerar resultados em escala e duradouros.
Há registros de resoluções, mas há, também, muitos apontamentos de fracassos.
No caso das empresas, as maiores e mais importantes do mundo publicam
regularmente seus Relatórios de Sustentabilidade, onde alardeiam suas
qualidades e providências por um mundo melhor, mas não abandonam, em sua grande
maioria, o tão conhecido “business as usual”, ou seja a maneira usual como
fazem negócios e ganham dinheiro.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Hora do
salto evolucionário</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Há muita resistência a qualquer
tipo de mudança nos atuais padrões de produção e consumo da parte privilegiada
da humanidade. Muitos alegam que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
global irá levar ao uma equalização no desenvolvimento humano, oferecendo a
todos a oportunidade de um padrão de vida digno. Ao se avaliar no gráfico acima
a evolução do PIB e o crescimento das iniquidades em todos os sentidos, nota-se
que não há uma relação entre PIB e justiça social, pelo contrário,
aparentemente o crescimento do PIB global tem levado a uma maior concentração
de renda e aumento da desigualdade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O principal problema a ser
enfrentado pela humanidade neste século 21 não é o crescimento do PIB, mas sim
a desigualdade na partição dos benefícios em uma economia realmente
globalizada. Uma globalização que não se atenha ao comércio de bugigangas, mas
que oferte bem estar e qualidade de vida para todo o planeta. E isso está muito
longe de ser alcançado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O desenvolvimento humano não é
mais uma questão de educação, conhecimento ou civilização. Esses elementos já
estão presentes em todas as organizações, empresas ou governos que realmente
importam. Ou seja, as empresas, os bancos, os governos e a mídia sabem
exatamente o tamanho de seus impactos negativos sobre o planeta. Não mudam de
atitude por serem incapazes de romper uma inércia assassina onde cada qual quer
tirar o máximo de vantagem no menor tempo possível como se o mundo fosse, de
fato, acabar nos próximos dias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Bom, o resultado disso é que
possivelmente o mundo não acabará nos próximos dias ou anos, mas se tornará um
lugar bem mais inóspito e difícil para se viver. A ciência tem alertado,
principalmente em relação às mudanças climáticas, que o preço de não se fazer
nada para melhorar o perfil ambiental do planeta torna-se muito mais alto a
cada dia que passa. Talvez, daqui a alguns anos nem haja mais recursos
suficientes para uma reversão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A humanidade precisa com urgência
realizar um novo salto, desta vez não um salto industrial como nos últimos 200
anos, ou um salto civilizatório, como no século 20, ou ainda um salto
tecnológico como dos últimos 50 anos, mas um salto evolucionário. É preciso
evoluir como espécie ou não terá pela frente os mesmo 10 mil anos que tem de
passado. A Terra vai se recuperar da presença humana em bem pouco tempo.
Especulações feitas por escritores e arqueólogos apontam que em dois mil anos
poucos vestígios restariam da presença humana na Terra depois que ela se for.
Um ou outro monumento e, o resto, seria trabalho para arqueólogos de uma
espécie futura, que cavaria em busca de vestígio como hoje fazemos buscando
dinossauros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A própria busca pelos fósseis de
60 milhões de anos deveria servir para se perceber a insignificância de uma
espécie que destrói o próprio habitat em pouco mais de 50 anos. A mudança do
modo de vida da humanidade ainda neste século é necessária para a sua
sobrevivência como espécie. Para isso não basta uma transformação, será preciso
uma evolução, no melhor princípio darwiniano.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Dal Marcondes - Envolverde</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-12924035247998871102018-12-13T21:31:00.001-02:002018-12-13T21:31:10.121-02:00Cientistas desenvolvem vacina para salvar as populações de abelhas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4RhUH8WWMsIQqpE8hwrT-CXqTEW9oQFkR7BSJ0af0r1hhm2kOL6n5wkZQOwQPfr01noRfEwdXMZLuQYS95Qy7FYDAroDjub-9A8Ul9b4LkTA37rp6Oz0AVXzYzpYXDmzGwQmRVlwD9kQK/s1600/Cientistas+desenvolvem+vacina+para+salvar+as+popula%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+abelhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="750" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4RhUH8WWMsIQqpE8hwrT-CXqTEW9oQFkR7BSJ0af0r1hhm2kOL6n5wkZQOwQPfr01noRfEwdXMZLuQYS95Qy7FYDAroDjub-9A8Ul9b4LkTA37rp6Oz0AVXzYzpYXDmzGwQmRVlwD9kQK/s320/Cientistas+desenvolvem+vacina+para+salvar+as+popula%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+abelhas.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">São muitos os perigos para as
abelhas nos dias de hoje. Agrotóxicos, doenças e até estresse estão ligados ao
colapso de colmeias dos polinizadores fundamentais para a produção de alimentos
em todo o mundo. Enquanto diversos estudos apontam para o declínio das
populações de abelhas, Dalial Freitak e Heli Salmela, da Universidade de
Helsinque, buscam formas de salvá-las.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Trabalhando com insetos e o
sistema imunológico ao longo de sua carreira, começando com mariposas, Freitak
notou que, se a geração dos pais é exposta a certas bactérias através de sua
comida, suas crias mostram respostas imunes elevadas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Acontece que, diferente dos
mamíferos, os insetos não tem nenhum sistema de memória imunológica, como os
anticorpos, e a pesquisadora não entendia direito como o processo acontecia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Foi então que, já na Universidade
de Helsinque Dalial Freitak encontrou Salmela, que trabalhava com a
vitelogenina, uma proteína que dá origem a formação da gema do ovo e tem
ligação direta com o desenvolvimento das abelhas. Os cientistas descobriram que
quando as abelhas rainhas comiam algo que causasse doenças, a vitelogenina era
ativada e transmitia informações de respostas imunes futuras aos ovos da
rainha, realizando a imunização.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Agora descobrimos o mecanismo
para mostrar que você pode realmente vacinar as abelhas. Você pode transferir
um sinal de uma geração para outra”, afirmou Freitak.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os pesquisadores planejam agora
desenvolver uma vacina contra a loque americana, uma doença bacteriana que é a
mais difundida e destrutiva entre as crias de abelhas. “Nós já iniciamos testes
iniciais. O plano é ser capaz de vacinar contra qualquer micróbio”, afirma
Freitak.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Precisamos ajudar as abelhas.
Mesmo um pouco teria um grande efeito na escala global. Claro, as abelhas
também têm muitos outros problemas: pesticidas, perda de habitat e assim por
diante, mas doenças surgem juntas com esses problemas de qualidade de vida”,
continuou a pesquisadora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Se pudermos ajudar as abelhas a
serem mais saudáveis e se pudermos salvar até mesmo uma pequena parte da
população de abelhas com essa invenção, acho que fizemos nossa boa ação e
salvamos um pouco o mundo.”<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Revista Galileu</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-1275302151295916282018-12-05T21:57:00.003-02:002018-12-05T21:57:58.328-02:00Índice de Riscos Climáticos mostra aumento do impacto dos ciclones tropicais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8OScHCZie0QvbiABvsxdxsjHAczD-wskjLSCrCLKgoAh7TlxluIfYuynnxT0jTWL2KcNxK_phxOMoojD1Am7I3J4n1YwrH66LJYT5z1u8v06BVU-MrqqOVjdpQrySZYFRbLFyQJhzmE9W/s1600/Indice+de+Riscos+Clim%25C3%25A1ticos+mostra+aumento+do+impacto+dos+ciclones+tropicais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="715" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8OScHCZie0QvbiABvsxdxsjHAczD-wskjLSCrCLKgoAh7TlxluIfYuynnxT0jTWL2KcNxK_phxOMoojD1Am7I3J4n1YwrH66LJYT5z1u8v06BVU-MrqqOVjdpQrySZYFRbLFyQJhzmE9W/s320/Indice+de+Riscos+Clim%25C3%25A1ticos+mostra+aumento+do+impacto+dos+ciclones+tropicais.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os ciclones tropicais têm forte
impacto em um número de países cada vez maior. Em 2017, a temporada de furacões
no Mar do Caribe foi particularmente forte e deixou várias ilhas devastadas.
Além disso, há alguns países em desenvolvimento que têm dificuldades para se
recuperar, pois são atingidos por catástrofes climáticas com regularidade.
Especialmente países mais pobres, como o Sri Lanka, o Nepal ou o Vietnã estão
enfrentando grandes desafios. Ao todo, em 2017, 11.500 pessoas morreram por
causa de eventos climáticos extremos. Os prejuízos econômicos totalizaram
aproximadamente US $ 375 bilhões (calculado em paridade de poder de compra,
PPP). Por isso, 2017, foi o ano com as maiores perdas relacionadas ao clima já
registradas. Estas são algumas das principais conclusões do Índice Global de
Risco Climático, publicado hoje pela Germanwatch na cúpula do Clima em
Katowice.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Tempestades recentes com níveis
de intensidade nunca antes vistos tiveram impactos desastrosos”, explica David
Eckstein, da Germanwatch, principal autor do índice. “Em 2017, Porto Rico e
Dominica foram atingidos por Maria, um dos furacões que mais causou mortes e
prejuízos já registrados. Porto Rico ocupa o primeiro do ranking dos países
mais afetados por eventos climáticos em 2017, com a Dominica em terceiro
lugar”, destaca. Em muitos dos países mais afetados por desastres naturais no
ano passado, precipitações extraordinariamente extremas foram seguidas por
severas inundações e deslizamentos de terra. É o caso de Sri Lanka
(classificado em segundo lugar em 2017): chuvas excepcionalmente fortes
causaram inundações dramáticas que mataram 200 pessoas e deixaram centenas de
milhares de pessoas desabrigadas. “Os países pobres são os mais atingidos. Mas
os eventos climáticos extremos também ameaçam o desenvolvimento de países de
renda média e alta e podem até sobrecarregar países de alta renda”, acrescenta
Eckstein.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Nos últimos vinte anos, de 1998 a
2017, Porto Rico, Honduras e Mianmar, foram às nações mais afetadas, segundo o
índice de longo prazo. Neste período, globalmente mais de 526.000 mortes foram
diretamente ligadas a mais de 11.500 eventos climáticos extremos. Os danos
econômicos foram de aproximadamente US $ 3,47 trilhões (calculados em PPP).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A vulnerabilidade dos países mais
pobres torna-se visível no índice de longo prazo: oito dos dez países mais
afetados entre 1998 e 2017 são países em desenvolvimento com renda per capita
baixa ou média para baixa. Mas as economias industrializadas e emergentes
também precisam fazer mais para enfrentar os impactos climáticos que eles
mesmos sentem mais claramente do que nunca. “A proteção climática efetiva,
assim como o aumento da resiliência, também é do interesse desses países“,
enfatiza Eckstein.” Por exemplo, os Estados Unidos ocupam o décimo segundo
lugar no índice de 2017, com 389 fatalidades e US $ 173,8 bilhões em perdas
causada por condições meteorológicas extremas em 2017”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“A COP24 tem que aumentar os
esforços para tratar adequadamente as perdas e danos”, diz Eckstein.
“Atualmente, trata-se de uma questão transversal, referenciada em vários fluxos
de negociação, com risco significativo de ser omitida do texto final da negociação.
Países como Haiti, Filipinas, Sri Lanka e Paquistão são repetidamente atingidos
por eventos climáticos extremos e não têm tempo para se recuperar
completamente. É importante apoiar esses países na adaptação às mudanças
climáticas – mas isso não é suficiente. Eles precisam de apoio financeiro
previsível e confiável para lidar com perdas e danos induzidos pelo clima”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A Germanwatch recebe informações
para calcular o Índice Global de Risco Climático do banco de dados
NatCatSERVICE da empresa de resseguros Munich Re, bem como os dados
socioeconômicos do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo que a avaliação
dos danos e fatalidades crescentes não permita conclusões simples sobre a
influência da mudança climática nesses eventos, ela mostra o aumento de
desastres pesados e dá uma boa noção da vulnerabilidade das nações.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Sobre o Germanwatch: com sede em
Bonn e Berlim (Alemanha), é uma organização ambiental e de desenvolvimento
independente que trabalha pelo desenvolvimento global sustentável. A
Germanwatch promove ativamente a equidade Norte-Sul e a preservação dos meios
de subsistência.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Envolverde</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-76716126245626491062018-11-16T16:01:00.001-02:002018-11-16T16:01:51.233-02:00ESPIRITISMO & ECOLOGIA: Construindo pontes de afinidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmNFsZBlVl5Q5_Yu5Eeyw5BLWJdSE8hJusSHu11LSR59tvj_MmsooZ2o60HLIDl9cU31YudlWp_ZI1hfVKTil8RuyciRU0GAKJdq9mgq0HswbkOo9ZcR3XgiF9qFWzeTAKvJmHAkjVi7xG/s1600/espiritismo+e+ecologia+pontes+de+afinidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="768" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmNFsZBlVl5Q5_Yu5Eeyw5BLWJdSE8hJusSHu11LSR59tvj_MmsooZ2o60HLIDl9cU31YudlWp_ZI1hfVKTil8RuyciRU0GAKJdq9mgq0HswbkOo9ZcR3XgiF9qFWzeTAKvJmHAkjVi7xG/s320/espiritismo+e+ecologia+pontes+de+afinidade.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não é difícil perceber o primeiro
traço comum entre Ecologia e Espiritismo: são ciências sistêmicas que procuram
investigar, cada qual com sua ferramenta de observação, as relações que
sustentam e emprestam sentido à vida. Essa visão sistêmica da realidade se
revela de forma tão explícita nas duas ciências, que o que aparece em certas
obras espíritas poderia perfeitamente embasar alguns postulados ecológicos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Em A Gênese, uma das obras
básicas da doutrina espírita, a relação de interdependência preconizada pelos
ecologistas aparece descrita da seguinte maneira por Allan Kardec: “Assim, tudo
no universo se liga, tudo se encadeia, tudo se acha submetido à grande e
harmoniosa lei de unidade”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Em outro trecho, afirma: ”De
sorte que as nebulosas reagem sobre as nebulosas, os sistemas reagem sobre os
sistemas, como os planetas reagem sobre os planetas, como os elementos de cada
planeta reagem uns sobre os outros, e assim sucessivamente, até ao átomo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A percepção de uma realidade
sistêmica em um universo onde a figura de Deus está presente é traço comum em
todas as doutrinas ou tradições religiosas, e isso também inclui o Espiritismo.
O físico austríaco Fritjof Capra afirma que: “A percepção da ecologia profunda
é percepção espiritual ou religiosa. Quando a concepção de espírito humano é
entendida como o modo de consciência no qual o indivíduo tem a percepção de
pertinência, de conexidade, com o cosmos como um todo, torna-se claro que a
percepção ecológica é espiritual na sua essência mais profunda”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Por espírito se entende a
capacidade das energias primordiais e da própria matéria interagirem entre si,
de se autocriarem (autopoiese), de se auto-organizarem, de se constituírem em
sistemas abertos, de se comunicarem e formarem teias cada vez mais complexas de
inter-retro- relações que sustentam o universo inteiro. O espírito é
fundamentalmente relação, interação e auto-organização em diferentes níveis de
realização. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No Livro dos Espíritos, Kardec
afirma que “é assim que tudo serve, que se encadeia na natureza, desde o átomo
primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo”. Na visão espírita,
esse encadeamento de todos os seres se resolve de uma maneira que lembra, por
vezes, o Evolucionismo de Darwin.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O darwinismo inspirou uma das
perguntas feitas ao Espírito Emmanuel no livro O Consolador. A resposta se deu
através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier: “A idéia de
evolução, que tem influído na esfera de todas as ciências do mundo, desde as
teorias darwinianas, representa agora uma nova etapa de aproximação entre os
conhecimentos científicos do homem e as verdades do Espiritismo? E a resposta
foi: “Todas as teorias evolucionistas no orbe terrestre caminham para a
aproximação com as verdades do Espiritismo, no abraço final com a verdade
suprema”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A resposta sugere que, se não há
plena identificação entre as diferentes correntes, há sinergia. Ou que a
ciência da Terra avança na direção daquilo que a Espiritualidade afirma como
verdade. Nas obras espíritas explica-se como a jornada evolutiva se desdobra
pelos três reinos da natureza. O pesquisador Jorge Andréa dos Santos, médico e
professor do Instituto de Cultura Espírita do Brasil, traz informações
importantes sobre este assunto: “O mineral possui tanto a vida quanto o vegetal
e o animal. O princípio unificador, a essência que preside as formas e o
metabolismo da flora e fauna existe também no reino mineral, presidindo as
forças de atração e repulsão em que átomos e moléculas se unificam e
equilibram. Do simples fenômeno químico até as manifestações humanas de nossos
dias, existe o princípio espiritual regendo e orientando; claro que sob formas
variáveis, elastecendo-se e ampliando-se à medida que a escala evolutiva avança.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A ideia de que os reinos da
Natureza se apresentam como degraus da escada evolutiva também é elucidada pelo
Espírito Áureo, através da psicografia de Hernani T. Sant’Anna: “Tais
princípios sofrem passivamente, através das eternidades e sob a vigilância dos
Espíritos prepostos, as transformações que hão de desenvolver, passando
sucessivamente pelos reinos mineral, vegetal e animal e pelas formas e espécies
intermediárias que se sucedem entre cada dois desses reinos. Chegam, dessa
maneira, numa progressão contínua, ao período preparatório do estado de
espírito formado, isto é, ao estado intermédio, da encarnação animal e do
estado espiritual consciente. Depois, vencido esse estado preparatório, chegam
ao estado de criaturas possuidoras do livre-arbítrio, com inteligência capaz de
raciocínio, independentes e responsáveis pelos seus atos”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A afirmação espírita de que todos
nós passamos pelos diferentes reinos da natureza em uma progressão contínua
determina o aparecimento de uma nova ética em relação a todas as criaturas
existentes. Os demais seres vivos poderiam ser considerados nossos “irmãos em
evolução”, que hoje estagiam em níveis inferiores já experimentados por nós.
Francisco de Assis conversava com borboletas e pássaros há 800 anos, e deixou
eternizado o “Cântico das Criaturas”. Seria ele um precursor desse novo olhar
interligado, que reconhece as relações de “parentesco” entre todos os seres
vivos? Pesquisas genéticas recentes confirmam esses surpreendentes graus de
parentesco através do exame do DNA. Temos 30 mil genes e, embora no topo da
cadeia evolutiva, nossa diferença para os ratos é de apenas 300 genes. Em
relação aos vermes, são apenas 10 mil genes a mais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O fato é que espíritas e
ecologistas têm motivos de sobra para defender a mesma causa: a proteção da
biodiversidade. Se para o ecologista a expressão “equilíbrio ecológico” revela
a capacidade de um ecossistema se manter perene por si mesmo, sem que o homem
interfira nesse software inteligente da vida comprometendo sua resiliência,
para os espíritas há que se reconhecer algo mais: a importância da “escada”
cujos degraus precisam suportar a evolução de outros que, como nós, têm o mesmo
direito de existir e seguir em frente. Enquanto o abate de animais para a
alimentação humana ainda for visto como uma necessidade, que se considere a
forma mais ética de realizar esse procedimento, sem crueldade, eliminando ao
máximo os riscos de dor e sofrimento.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O planeta
está dentro de nós</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Somos feitos rigorosamente dos
mesmos elementos que constituem o planeta. A palavra homem, de onde vem
“humanidade”, tem origem no latim húmus. A palavra Adão, que aparece
simbolicamente no Velho Testamento como a primeira criatura humana, significa
“terra fértil” em hebraico. Essa mesma terra – que empresta o nome ao planeta e
à nossa espécie – se revela no mais rudimentar dos exames de sangue, quando
descobrimos que por nossas veias transportamos minérios que jazem nas
profundezas do solo. Ferro, zinco, cálcio, selênio, fósforo, manganês,
potássio, magnésio e outros elementos são absolutamente fundamentais à nossa
saúde e bem-estar. Se descuidamos da ingestão desses nutrientes – presentes em
boa parte dos alimentos – nosso metabolismo fica exposto a diferentes gêneros
de desequilíbrio e doenças.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O mesmo ocorre em relação à água.
As primeiras estruturas microscópicas de vida do planeta apareceram nas águas
salgadas e quentes dos mares primitivos. Também quente e salgado é o líquido que
nos envolve durante todo o período de gestação no útero materno. O soro
fisiológico – bem como o soro caseiro – salva vidas quando recompõe a tempo
nossa necessidade deste precioso líquido. Por um capricho divino, a proporção
de água no planeta (70%) é a mesma com que esse elemento se resolve em nosso
corpo físico. Precisamos ingerir pelo menos 2,5 litros de água por dia para
assegurar o bom funcionamento do metabolismo, irrigando células, glândulas,
órgãos, tecidos. Também precisamos de uma quantidade mínima de água no ar que
respiramos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), se a umidade relativa do ar oscilar entre 20% e 30% deve-se
considerar estado de atenção; entre 12 % e 20%, é estado de alerta; abaixo de
12%, é estado de emergência. É absolutamente desagradável – e ameaça a saúde –
respirar num ambiente com pouco vapor d’água misturado ao ar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O elemento fogo se revela
simbolicamente em diferentes fenômenos fundamentais à manutenção da vida. Vem
do sol a energia que sustenta todas as estruturas vitais do planeta, cujo
núcleo é composto de uma grande massa de magma incandescente. O que se
convencionou chamar de efeito estufa é a capacidade de a atmosfera reter parte
do calor irradiado pelo sol. Trata-se de um fenômeno natural, que assegura a manutenção
da temperatura média do globo na faixa de 15ºC. Não fosse possível reter esse
calor através dos gases que compõem a atmosfera, a temperatura média do planeta
seria de 23ºC negativos, reduzindo-se drasticamente a presença da vida na
Terra. O aquecimento global é o agravamento do efeito estufa, causado
principalmente pela queima progressiva de petróleo, carvão e gás, que gera
inúmeros problemas à Humanidade através das mudanças climáticas. Por fim, somos
animais de sangue quente graças ao trabalho ininterrupto de um poderoso músculo
do tamanho de uma mão fechada, que irriga vida para todas as partes do corpo
humano. O coração é a grande usina de calor do organismo, símbolo maior do amor
e da nossa capacidade de doar, de nos entregar e de manifestar os mais nobres
sentimentos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O ar é o elemento mais urgente
para a nossa existência. Podemos passar vários dias sem ingerir alimentação
sólida, um número menor de dias sem líquidos, mas apenas alguns poucos
instantes sem ar. Na milenar tradição mística da Índia, o prana – ou força
vital – é absorvido através da respiração. Numerosas práticas de meditação
preconizam a necessidade de respirarmos com consciência, entendendo a
inspiração e a expiração como importante ferramenta de troca de energia com o
meio que nos cerca. A respiração profunda regula o batimento cardíaco,
harmoniza os centros de força (ou chacras) que acumulam e distribuem a energia
vital, ajuda a clarear o raciocínio e a apaziguar as emoções.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Considerando a importância
estratégica de todos esses elementos para nossas vidas, é forçoso reconhecer
que sem água potável, terra fértil, ar respirável e incidência adequada de luz
e calor nosso projeto evolutivo encontra-se ameaçado. As condições cada vez
menos acolhedoras de nossa casa (oikos) tornam o ambiente hostil à vida humana
por nossa própria imperícia, imprudência ou negligência. Sofremos as
consequências dos estragos que determinamos ao meio que nos cerca porque, na
verdade, o que está fora também está dentro. Não é mais possível separar a
Humanidade do planeta. “O meio ambiente começa no meio da gente”. <o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">André Trigueiro</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-60119964964683415712018-11-08T22:32:00.000-02:002018-11-08T22:34:38.363-02:00China ainda está destruindo a camada de ozônio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD7VK2rIZ7JwxPJmI8gI4dUkdqPBCCLl5iJFTzYG5eCuVEQ6GMDnVQe0gsybMv1t4ow6mGWteXhFwF_PU-T1U1NPyyx-b4N-QPF5tp6Rp42SJyJc3jjwHotCgAbMHzuoCmuMGLPDCdfgmg/s1600/China+ainda+est%25C3%25A1+destruindo+a+camada+de+oz%25C3%25B4nio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="472" data-original-width="768" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD7VK2rIZ7JwxPJmI8gI4dUkdqPBCCLl5iJFTzYG5eCuVEQ6GMDnVQe0gsybMv1t4ow6mGWteXhFwF_PU-T1U1NPyyx-b4N-QPF5tp6Rp42SJyJc3jjwHotCgAbMHzuoCmuMGLPDCdfgmg/s320/China+ainda+est%25C3%25A1+destruindo+a+camada+de+oz%25C3%25B4nio.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A China está destruindo a camada
de ozônio com substância proibida desde 1989. O composto perigoso e destruidor
da camada de ozônio ainda está sendo usado na China. Segundo um estudo
publicado no periódico Geophysical Research Letters, o leste do território
chinês emitiu quantidades significativas dessa substância, que é conhecida como
tetracloreto de carbono (CCl4) e famosa por consumir o ozônio, uma camada na
atmosfera da Terra que protege o mundo da perigosa radiação ultravioleta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Em junho, uma investigação do
jornal norte-americano The New York Times também descobriu que as fábricas do
país estavam liberando substâncias proibidas que destroem a camada de ozônio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O ozônio fica no alto da
estratosfera da Terra, a cerca de 10 quilômetros acima do solo, onde absorve
grande parte da radiação ultravioleta do sol. Se essa radiação entra em contato
com a pele humana, ela pode aumentar o risco de câncer e danos oculares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Um buraco feito pelo homem já
existe na camada de ozônio sobre a Antártida. Assim, para proteger o ozônio,
todos os países do mundo concordaram em eliminar as substâncias que destroem
essa camada protetora, incluindo o CCl4, que foi banido mundialmente em 2010,
em uma atualização do Protocolo de Montreal, acordo assinado no ano de 1989.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Apesar deste acordo, cerca de 44
mil toneladas foram misteriosamente emitidas a cada ano, como mostram estudos
recentes. Para investigar o ocorrido, uma equipe internacional de cientistas da
Austrália, Coréia do Sul, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos trabalharam em
conjunto para identificar a origem dessas emissões intrigantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A equipe usou dados de sensores
de concentração atmosférica no solo e da atmosfera de perto da península
coreana, além de dois modelos que simularam como os gases se movem pela camada
protetora. Foi então que os pesquisadores descobriram que cerca de metade
dessas emissões mistificadoras vieram do leste da China entre 2009 e 2016.
“Nossos resultados mostram que as emissões de tetracloreto de carbono da região
leste da Ásia são responsáveis por uma grande proporção das emissões globais”,
disse Mark Lunt, pesquisador associado de química na Universidade de Bristol,
em um comunicado. “E [essas emissões] são significativamente maiores do que
alguns estudos anteriores sugeriram.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">“Nosso trabalho mostra a
localização das emissões de tetracloreto de carbono”, disse em nota o co-autor
do estudo Matt Rigby. “No entanto, ainda não conhecemos os processos ou
indústrias responsáveis. Isso é importante porque não sabemos se está sendo
produzido intencionalmente ou inadvertidamente.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O pesquisador sugere que mais
pesquisas poderiam descobrir outros culpados. “Há áreas do mundo — como Índia,
América do Sul e outras partes da Ásia, onde as emissões de gases que destroem
a camada de ozônio podem estar em andamento, mas faltam medições atmosféricas detalhadas”,
disse Rigby.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Essas descobertas podem ajudar
cientistas e reguladores a identificar exatamente onde e por que essas emissões
na China estão acontecendo. Segundo os pesquisadores, quanto mais cedo essas
emissões forem interrompidas, mais rápido o ozônio se recuperará.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">“Há uma tentação de ver o
esgotamento do ozônio como um problema que foi resolvido”, disse Lunt. “Mas o
monitoramento de gases que destroem a camada de ozônio na atmosfera é essencial
para garantir o sucesso contínuo da eliminação desses compostos.”<o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Fonte: <span style="color: lime;">Revista Galileu</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-77258871948288407032018-10-19T17:53:00.000-03:002018-10-19T17:53:03.896-03:00Todo projeto de futuro tem de mirar a biodiversidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqo0RiBJYae9qOpSNeX2kkgikGpQ00Gxc1zGVdeePh1H92ctMV6cwCmcfIZsrrECBBQWxtCCFg4h0JasnZUcXS6IdCGCFHBI50RPtbe5KFYErUBpeUGUvtS25AmQqgwoUHHN7n103aXkG5/s1600/Todo+projeto+de+futuro+tem+de+mirar+a+biodiversidade.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="513" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqo0RiBJYae9qOpSNeX2kkgikGpQ00Gxc1zGVdeePh1H92ctMV6cwCmcfIZsrrECBBQWxtCCFg4h0JasnZUcXS6IdCGCFHBI50RPtbe5KFYErUBpeUGUvtS25AmQqgwoUHHN7n103aXkG5/s320/Todo+projeto+de+futuro+tem+de+mirar+a+biodiversidade.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Estamos nos aproximando do
momento decisivo da campanha para as eleições de Outubro 2018. O Brasil
atravessa uma crise múltipla e profunda, com desemprego em massa, miséria
voltando, violência civil generalizada, corrupção crônica, educação ineficaz,
caos e desassistência à saúde e milhares de jovens deixando o país em busca de
oportunidades. Porém, enfrentar a crise, com sucesso, exige projeto de país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Temas como o manejo da
biodiversidade e a economia das populações tradicionais parecem secundários
diante de tantas emergências. Mas já não há como ignorar a sua essencialidade
para qualquer projeto de futuro que se pretenda, embora os candidatos à
Presidência da República pareça não saber disso, ou não concordar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Quando se soma a extensão dos
Parques e Reservas Nacionais e Estaduais, dos quilombos titulados por Estados
ou União, das Terras Indígenas e das áreas públicas concedidas para uso de
comunidades extrativistas, chega-se a 31% do território brasileiro e a mais da
metade da Amazônia Legal. Trata-se da parte do território que conserva mais e
melhor a diversidade biológica dos nossos biomas e que também faz do Brasil o
país mais megadiverso da Terra.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não há um censo apurado das
populações que vivem nessas áreas ou mantêm relação direta com elas. Estima-se
que a soma das populações extrativistas (ribeirinhos, caiçaras, seringueiros),
quilombola e indígena, em todo o país, possa chegar a 18 milhões de pessoas,
incluídas as que vivem em áreas que ainda não foram destinadas pelos poderes
públicos. Para viverem nessas áreas, essas populações desenvolveram,
secularmente, diversas formas de relação com cada ambiente, acumulando
conhecimentos especializados sobre eles, o que é essencial para o
desenvolvimento da biotecnologia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Também não temos referências,
senão fragmentárias, sobre a produção agroflorestal oriunda dessas regiões. Mas
os indicadores disponíveis mostram uma tendência de crescimento, apesar das
dificuldades concorrenciais que boa parte dessa produção enfrenta devido às
condições de logística para escoamento e comercialização. Políticas de fomento
e de assistência técnica podem multiplicar essa produção e torná-la disponível
para consumo em geral. Da mesma forma é inesgotável o potencial nessas regiões
para o desenvolvimento do turismo de base comunitária. Além disso, essas
populações produzem e consomem mais e melhores alimentos e medicamentos
naturais do que a população urbana de baixa renda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Além da biodiversidade, esses
territórios conservam um formidável estoque de carbono (CO2) florestal. Se o
desmatamento, o fogo ou o impacto do aquecimento global provocar a liberação do
CO2 contido nas florestas, a luta da humanidade para conter as mudanças
climáticas poderá fracassar. As florestas são responsáveis pela reprodução e
transporte das chuvas amazônicas até as principais cidades e regiões agrícolas
do Cone Sul. A sua conservação não interessa apenas às populações locais, mas a
todos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Não faz sentido separar
conservação e produção num contexto de crise climática que se agrava. O
desmatamento (não compensado) é um tiro no pé da produção agropecuária. Isso
não é retórica, nem teoria: apesar de o Brasil dispor do maior estoque de água
doce do mundo, as crises hídricas deixaram de ser um problema nordestino e
estão atacando São Paulo, Brasília e outras regiões, ameaçando as condições de
vida. Há focos de desertificação em expansão em várias partes do território
nacional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Candidatos a presidente
apresentam programas de governo que, de formas diferentes, colocam a agenda
socioambiental como um dos seus elementos centrais: “Transversalidade”,
“Transição Ecológica”, “Eco Socialismo”, “Economia Pós Carbono”,
“Sustentabilidade”. Mas, também a candidatos, porém, enfatizam, sofregamente, a
“retomada do crescimento econômico”, como se houvesse na história recente algum
paradigma a retomar, ignorando os imensos desafios desse século, que demandam
projetos apropriados de desenvolvimento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Já no decorrer do próximo mandato
presidencial se esgotarão os primeiros prazos para cumprimentos de metas
climáticas por parte de cada país. Mesmo tendo obrigações a cumprir, o Brasil
vem se afastando das suas metas em anos recentes e precisa se reajustar, para
fazer a sua parte e se manter como protagonista decisivo nas negociações
internacionais. Também deve se concluir, nesse período, a destinação pelos
governos de terras devolutas na Amazônia e em outras regiões do país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Qualquer presidente eleito, ainda
que não saiba ou não entenda a importância estratégica dessas populações, seus
territórios e produtos, vai se defrontar com a crise climática e suas
consequências. Qualquer estratégia nacional frente a essa crise pode dispor
desses recursos como ativos. Ignorando-os, ou encarando-os apenas como
passivos, estará sujeito a administrar só uma sucessão interminável de
conflitos. Quem não faz, leva! <o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Marcio Santilli - ECO21</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-65678849061517779542018-09-27T18:04:00.001-03:002018-09-27T18:04:52.454-03:00Ocupação na Mata Atlântica fez sumir metade das populações de mamíferos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjal0zUepy5q_v11ASLhP3v1iGtEMLkbBX6rCuycOTk2qed-V542jkCMsn1YY8yP4CL3GlYrcDODNQlzG9-8TYnIxu_pacu5Fwdx61x7yI6WcLymV7zpo6e3khjmvSSIN4jHzOQSxUgi-5a/s1600/Ocupa%25C3%25A7%25C3%25A3o+na+Mata+Atl%25C3%25A2ntica+fez+sumir+metade+das+popula%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+mam%25C3%25ADferos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="432" data-original-width="768" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjal0zUepy5q_v11ASLhP3v1iGtEMLkbBX6rCuycOTk2qed-V542jkCMsn1YY8yP4CL3GlYrcDODNQlzG9-8TYnIxu_pacu5Fwdx61x7yI6WcLymV7zpo6e3khjmvSSIN4jHzOQSxUgi-5a/s320/Ocupa%25C3%25A7%25C3%25A3o+na+Mata+Atl%25C3%25A2ntica+fez+sumir+metade+das+popula%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+mam%25C3%25ADferos.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A vegetação que cobria toda a
costa brasileira hoje está restrita a pouco mais de 12% do seu tamanho
original, e vários estudos já haviam documentado a perda de espécies. O novo trabalho,
no entanto, publicado nesta terça-feira, 25 setembro 2018, na revista PLoS ONE,
inova na escala geográfica, ao estimar a situação das espécies de médios e
grandes mamíferos de norte a sul do bioma de modo comparativo, mostrando onde a
situação está pior e melhor – ou menos pior.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Não estamos documentando nenhuma
extinção em escala regional ou de bioma, mas milhares de eventos de extinções
locais”, explica o biólogo Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, no
Reino Unido, e um dos autores do trabalho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os pesquisadores, liderados por
Juliano Bogoni, hoje pós-doutorando na Esalq/USP, trabalharam com um “índice de
defaunação” para examinar a perda de espécies entre quase 500 conjuntos de
espécies de mamíferos de médio a grande porte ao longo e observaram que os
índices são altos – mais de 50% – para a maior parte da Mata Atlântica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O cenário é pior no norte do
Nordeste, onde a defaunação chega a 90%. Em seguida vem a porção mais ao sul do
Nordeste, com 85%. O melhor é no Sudeste, com 49% – justamente onde estão os
principais remanescentes da floresta no País, em especial os núcleos da Serra
do Mar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Mas mesmo na Serra do Mar, falar
em metade das espécies é um quadro grave. Hoje temos uma pálida sombra do que
já foi a majestosa diversidade da Mata Atlântica”, diz Bogoni. Segundo ele, os
locais mais defaunados se sobrepõem com as áreas mais antropizadas do interior,
pressionadas por atividades como agricultura e silvicultura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os grupos mais impactados são os
predadores de topo de cadeia e grandes carnívoros em praticamente todo o País,
como onças-pintadas e onças-pardas; os meso-predadores – carnívoros menores,
como jaguatirica e gato-maracajá, que ocupam o lugar quando as onças somem; e
os grandes herbívoros, como as antas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Peres afirma que os dados mais
uma vez reforçam a necessidade urgente de ações para proteger o bioma. “É
preciso fortalecer o sistema de unidades de conservação, que são ainda os
últimos refúgios de toda essa fauna. Não há conservação sem um voto de
compromisso do governo e da sociedade em manter as nossas áreas protegidas”,
defende.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Estadão</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-1727559299168146122018-09-12T17:17:00.000-03:002018-09-12T17:17:30.151-03:00Corrupção Verde: aqui começa a prática criminosa que contaminou o país<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQbhm1KT1o_Nh1oFmAqcK7DHEPJE1kYxve6qKAv8WWf8wWEcCwPWL_eyJJrvnt3qTuliFYPWrCpwHkDAXf5IF1O1p9gQkQKGWEYpUaYDhhpMYsvFQ401xX9CCcULXblN8Nq0sMKEgahKyJ/s1600/Corrup%25C3%25A7%25C3%25A3o+Verde+aqui+come%25C3%25A7a+a+pr%25C3%25A1tica+criminosa+que+contaminou+o+pa%25C3%25ADs.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="451" data-original-width="768" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQbhm1KT1o_Nh1oFmAqcK7DHEPJE1kYxve6qKAv8WWf8wWEcCwPWL_eyJJrvnt3qTuliFYPWrCpwHkDAXf5IF1O1p9gQkQKGWEYpUaYDhhpMYsvFQ401xX9CCcULXblN8Nq0sMKEgahKyJ/s320/Corrup%25C3%25A7%25C3%25A3o+Verde+aqui+come%25C3%25A7a+a+pr%25C3%25A1tica+criminosa+que+contaminou+o+pa%25C3%25ADs.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A existência de um bem que possa
ser usurpado de maneira ilícita, gerando lucro para quem busca vantagens fora
de preceitos legais ou em detrimento de terceiros, representa a fórmula que
garantiu uma exploração descontrolada sobre o patrimônio natural brasileiro ao
longo dos últimos séculos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A exploração sem limites do
período em que éramos ligados a Portugal já aponta para a existência de uma
cultura pragmática de busca pelo enriquecimento a qualquer custo. Com vistas,
inclusive, a buscar o desfrute desses ganhos em outras paragens, muito distantes
do Novo Mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Os ciclos econômicos que se
seguiram à época do descobrimento foram eminentemente extrativistas
espoliativos. Tanto que o final desses ciclos, reiteradamente, deu-se pela
exaustão desses produtos, ocasionada pela exploração desenfreada. Seguiram as
práticas agrícolas e de pecuária, subsequentes à devastação da vegetação
nativa. Sempre em busca do uso máximo do território, desrespeitando encostas,
beiras de rios ou mesmo a existência de remanescentes naturais em alguma
proporção nas regiões exploradas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">A prática de troca de favores
entre o privado e o público para obtenção de permissões para avanços
exacerbados no uso da natureza foi, portanto, a maneira como uma significativa
fração de nossa sociedade acumulou vantagens e enriqueceu indevidamente em
nosso país. E, em boa parte, esse entendimento de ajustar acordos ilícitos para
garantir vantagens continua em plena atividade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O ciclo da madeira no sul do
Brasil, ocorrido em décadas passadas, gerou um grupo de famílias abastadas que
até hoje desfruta do resultado da empreitada destruidora que assumiu ser a
maneira de desenvolver suas atividades, sempre com um aval conivente dos
governantes. Mudam os negócios, pelo fim da madeira nativa, mas fica a origem
dúbia e o péssimo exemplo de como esse processo de geração de riquezas foi
executado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Somente há poucas décadas, as
leis ambientais começaram a ser estabelecidas em nosso país. E não foi a falta
de inteligência e de qualidade que impediu a nossa passagem para uma condição
mais iluminada. O exímio contexto estabelecido pelo Código Florestal de 1965 –
talvez o maior marco de evolução na compreensão do interesse público sobre a
propriedade privada – nunca obteve um entendimento pleno de parte da sociedade.
Falou mais alto a garantia de impunidade e a expectativa de ganho maior, em
detrimento do resto da sociedade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O descompasso entre o que o
Código Florestal preconizava e o arrebatador descompromisso leviano da
sociedade rural em cumprir o que se estabeleceu como limite ao uso da terra,
gerou o verdadeiro desmonte desse arcabouço legal , em 2012. E que foi
vergonhosamente referendado pelo Supremo Tribunal Federal em 2018. O poder
quase ilimitado de grupos setoriais, que avança na estruturação de uma
legislação de conveniências, é uma das maiores e mais perversas demonstrações
de corrupção que podemos oferecer nos dias atuais, contaminando todas as
esferas de poder.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Portanto, a corrupção endêmica e
amplamente espalhada em nosso meio, pode-se afirmar, começa com práticas
ilícitas envolvendo a sina de destruição da natureza, com amplas e variadas
modalidades. E continua muito ativa na forma de excessos conscientes e
negociados em troca de vantagens. São atividades de mineração, silvicultura,
pecuária, agricultura, implantação de indústrias e até ações envolvendo
infinitas iniciativas mais pontuais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Como uma farsa programada para
não atender à sua missão primordial, delimita-se um complexo de estruturas
frágeis e suscetíveis a todo o tipo de pressões, chamadas formalmente de órgãos
ambientais. É de conhecimento amplo a prática de licenciamentos ilícitos,
facilitados para o atendimento aos amigos do rei. Uma moeda de troca na forma
de favores políticos e repasses de recursos sem procedência. Evidencia-se a
garantia para campanhas eleitorais ou postos estratégicos em estruturas de
governo para os elementos coniventes com o crime.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">O desenvolvimento a qualquer
custo, assim pontuado como uma forma de exploração que não atende ao respeito
aos limites da natureza, ou mesmo aos preceitos estabelecidos em lei, é uma
atividade intimamente ligada à corrupção. Gera resultados econômicos abusivos e
imorais. E consolida um comportamento que, nos dias de hoje, todos percebemos,
tomou conta da nação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Incorporamos na pele esse
comportamento, na forma de uma cultura institucionalizada, crônica e
patológica. De nada importa o prejuízo coletivizado, nem a perda irreversível
de recursos que poderiam ser usados de maneira contínua. Agimos em apoio cego
em prol da destruição da natureza por meio de ações sem nenhuma coerência
estratégica, impostas a partir de atos inconsequentes e criminosos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "calibri";">Somos hoje, de fato, uma
sociedade de corruptos. Um povo que cultua um profundo e irresponsável
descompromisso com o futuro de todas as gerações que nos seguirão logo mais,
por tratar a natureza como um bem descartável e que é visto como simples forma
de usura. Depois de tantas Marianas, o que ainda precisamos viver para que uma
virada aconteça? Ou estamos diante de uma condição inexorável que assume a
mediocridade como uma sina sem volta?<o:p><span style="font-family: "calibri";"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "calibri";">Fonte: <span style="color: lime;">Clóvis Borges e Caetano Fischer Ranzi</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-43397118324978666552018-08-30T21:27:00.000-03:002018-08-30T21:27:07.696-03:00Mudanças climáticas ameaçam valor nutricional de alimentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNv2qNAAy6uRfV_ypfAOuxFp_PTSqW7AHoFaz52u-oRlsGoPBLQvJqaNGa8105hOYm-PZLwTh8aEbX5-q1PzpWJ2CZo6EUcudzclrJpvjbSgcecDYuvLA9DaB60Jf3CTgUqPLSdiezY03J/s1600/Mudan%25C3%25A7as+clim%25C3%25A1ticas+amea%25C3%25A7am+valor+nutricional+de+alimentos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="768" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNv2qNAAy6uRfV_ypfAOuxFp_PTSqW7AHoFaz52u-oRlsGoPBLQvJqaNGa8105hOYm-PZLwTh8aEbX5-q1PzpWJ2CZo6EUcudzclrJpvjbSgcecDYuvLA9DaB60Jf3CTgUqPLSdiezY03J/s320/Mudan%25C3%25A7as+clim%25C3%25A1ticas+amea%25C3%25A7am+valor+nutricional+de+alimentos.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Pesquisadores da Escola de Saúde
Pública T.H. Chan, de Harvard, estimam que, a menos que as emissões de carbono
sejam drasticamente reduzidas nas próximas décadas, 175 milhões de pessoas
podem adquirir deficiência de zinco e 122 milhões de proteína até 2050. Além
disso, 1,4 bilhão de mulheres em idade fértil e crianças menores de cinco anos
podem perder 4% de sua ingestão de ferro, o que eleva o risco de anemia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O estudo soma-se a um crescente
número de artigos que mostram que mudanças ambientais, como a escassez de água
e o aumento de temperaturas e de níveis de dióxido de carbono, estão afetando a
qualidade nutricional e a produção de legumes, verduras e arroz. Pesquisas
mostraram que as concentrações de proteína, ferro e zinco são
significativamente mais baixas em culturas mantidas em ambientes onde os níveis
de CO2 são maiores que os de culturas cultivadas sob as condições atmosféricas
atuais. Cientistas do clima preveem que, se não restringirmos nossas emissões,
a concentração de CO2 pode mais que dobrar até 2100.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Com base em um banco de dados
GENuS (Global Expanded Nutrient Supply), que estima o impacto de uma menor
ingestão de nutrientes na saúde de habitantes de 151 países diferentes, os
autores do estudo divulgado nesta semana examinaram quais regiões do mundo
sofrerão o impacto da perda de nutrientes em culturas básicas, como arroz,
trigo e batatas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Os mais prejudicados, assim como
na maioria dos aspectos das mudanças climáticas, são os países de baixa renda,
diz Samuel Myers, coautor do estudo e diretor da Planetary Health Alliance, em
Harvard.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“A descoberta é mais importante
para quem está próximo de um limiar de deficiência nutricional e conta com tais
culturas alimentares para obter uma parte significativa de um nutriente
específico de sua dieta”, afirma Myers.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Culturas como arroz e trigo são a
principal fonte de alimento para mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo.
Muitos que não têm condições de pagar por uma dieta diversificada dependem
desses grãos básicos para a maioria de suas calorias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">São essas pessoas, com “baixa
diversidade alimentar” e “pouca comida de origem animal” – muitas vezes ricas
em zinco, ferro e proteína – que sofrerão mais com o declínio da nutrição das
safras, completa Myers.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O país que deverá arcar com o
maior fardo é a Índia, que, segundo os pesquisadores, terá um adicional de 50
milhões de pessoas com deficiência de zinco; 38 milhões, de proteínas, e 502
milhões de mulheres e crianças vulneráveis a doenças associadas à deficiência
de ferro até meados do século.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">CO2 e
crescimento das plantas</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O dióxido de carbono é essencial
para o crescimento das plantas, mas, em excesso, pode ser problemático. Embora
a ciência por trás da fisiologia vegetal seja “complexa”, segundo Myers,
acredita-se que concentrações mais altas de dióxido de carbono possam fazer com
que grãos como trigo e arroz produzam mais carboidratos, como amidos e glicose,
à custa de nutrientes como proteína, zinco e ferro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Ainda não entendemos realmente
por que isso está acontecendo, mas achamos que é muito mais complicado do que
um simples ‘efeito de diluição de carboidratos’. O que sabemos é que, em
condições de concentrações mais altas de CO2, as safras se tornam menos
nutritivas”, diz Myers.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Problema
em todo o mundo</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Atualmente, cerca de 2 bilhões de
pessoas já vivem com deficiências nutricionais no mundo todo. Isso, além dos
aproximadamente 815 milhões que não têm acesso a alimentos nutritivos o
suficiente e das 1,5 milhão de mortes a cada ano ligadas à baixa ingestão de
vegetais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Se nada for feito, uma redução
nos nutrientes devido à mudança climática pode intensificar um “problema já
grave” de desnutrição, afirma Kristie Ebi, professora de saúde global da
Universidade de Washington.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A falta de ferro pode resultar em
anemia por deficiência de ferro, o que, segundo Ebi, “pode levar a complicações
graves, como insuficiência cardíaca e atrasos no desenvolvimento de crianças”.
Já a deficiência de zinco pode levar a “uma perda de apetite e do olfato,
problemas de cicatrização e danos ao sistema imunológico”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“O zinco também ajuda no
crescimento e no desenvolvimento, e é por isso que a ingestão suficiente de
alimentos é importante para mulheres grávidas e crianças em fase de
crescimento”, aponta Ebi.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Segundo cientistas, não é apenas
o mundo em desenvolvimento que sofrerá as consequências de uma redução no valor
nutricional dos alimentos básicos. Os resultados do estudo divulgado nesta
semana trazem implicações alarmantes para a saúde pública e a segurança
alimentar em todo o mundo. De acordo com Ebi, as mudanças têm o “potencial de
afetar a todos”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Uma dieta diversificada, que
inclua carne, grãos, frutas e verduras, geralmente é suficiente para fornecer
vitaminas, micronutrientes e proteínas. Mas, como Ebi aponta, “tal dieta pode
estar fora do alcance das populações pobres em todos os países”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Decisões diárias, enfatiza Myers,
como a forma como aquecemos nossas casas, o que comemos, como nos movimentamos,
o que escolhemos comprar, estão, na verdade, tornando nossos alimentos menos
nutritivos e tendo um impacto sobre a saúde de outras populações e de gerações
futuras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“Precisamos entender que nossas
ações estão colocando as pessoas mais vulneráveis do mundo em perigo”, conclui.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Deutsche Welle<o:p></o:p></span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2501381103767664975.post-36748896565859712812018-08-23T21:07:00.000-03:002018-08-23T21:07:07.054-03:00Ministério Público Federal recomenda que licenciamento ambiental não seja fracionado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFArtAQHnDkW0cQqIoE260YT0b3fN300CZsmRqNwdV4c5YeZztoSejyCxsGc7nBUcM4d63p8zSk-4q5V349uO3xlQTU-xO55Xllm_kG-Bi9a3TwRUzKvkw6S7SCVBqz04jv8oW-A2_ts6x/s1600/Minist%25C3%25A9rio+P%25C3%25BAblico+Federal+recomenda+que+licenciamento+ambiental+n%25C3%25A3o+seja+fracionado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="458" data-original-width="768" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFArtAQHnDkW0cQqIoE260YT0b3fN300CZsmRqNwdV4c5YeZztoSejyCxsGc7nBUcM4d63p8zSk-4q5V349uO3xlQTU-xO55Xllm_kG-Bi9a3TwRUzKvkw6S7SCVBqz04jv8oW-A2_ts6x/s320/Minist%25C3%25A9rio+P%25C3%25BAblico+Federal+recomenda+que+licenciamento+ambiental+n%25C3%25A3o+seja+fracionado.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O Ministério Público Federal
(MPF) no Amazonas recomendou à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) que se abstenham de promover qualquer espécie de fracionamento no
processo de licenciamento ambiental referente à linha de transmissão de energia
elétrica entre Manaus e Boa Vista, o linhão de Tucuruí, sem o consentimento do
povo indígena Waimiri Atroari.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No documento, o MPF ressalta que
o fracionamento, anunciado pelo Governo Federal com o propósito de
desconsiderar o trecho que incide sobre a Terra Indígena Waimiri Atroari e
prosseguir o licenciamento quanto às partes remanescentes, e a ausência de
consulta prévia ao povo Waimiri Atroari podem configurar ato de improbidade administrativa,
sendo passíveis de ação judicial.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A Funai e o Ibama também devem se
abster de emitir qualquer aval, autorização ou ato administrativo de caráter
concessivo, referente à continuidade do licenciamento ambiental do projeto de
implantação da linha de transmissão, sem o consentimento do povo indígena
Waimiri Atroari.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A recomendação requer ainda que a
Funai e o Ibama não promovam declarações públicas no sentido de autorizar ou
facilitar o processo de licenciamento da linha de transmissão, bem como não
emitam qualquer juízo de valor quanto ao posicionamento do povo Waimiri Atroari
em relação ao empreendimento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">De acordo com o MPF, o
fracionamento do projeto também configura burla ao processo de licenciamento
ambiental, uma vez que inviabiliza a análise integral dos efeitos cumulativos e
sinérgicos do empreendimento, em flagrante ofensa às Resoluções nº 1/86 e nº
237/97, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">“O fracionamento do processo de
licenciamento, além de enfraquecer o poder de polícia do órgão ambiental
licenciador, converte o dever de consulta em etapa formal e dispensável do
processo, uma vez que, ao final, caso a linha de transmissão seja parcialmente
implantada segundo o traçado proposto, a consulta será meramente homologatória da
decisão já tomada e concretizada unilateralmente pelos órgãos federais
interessados e pelo empreendedor”, destaca o documento encaminhado à Funai e ao
Ibama.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Para o MPF, tal conduta comprova
a vontade deliberada do poder público de atropelar qualquer eventual
manifestação do povo Waimiri Atroari quanto à viabilidade do empreendimento, a
despeito de haver decisão judicial determinando a proteção de locais sagrados
que seriam fatalmente atingidos pelo traçado proposto.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">A recomendação do MPF acrescenta
que desde o início do planejamento da implantação da linha de transmissão,
ainda em 2008, passaram-se cerca de dez anos, tempo mais que suficiente para
que o Governo Federal e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pudessem
implantar medidas alternativas para suprir o fornecimento de energia elétrica
no estado de Roraima ou, até mesmo, consultar o povo Waimiri Atroari e
construir, por meio de consenso e diálogo, uma solução para a implantação da
linha de transmissão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">O MPF fixou prazo de cinco dias,
a partir do recebimento do documento, para que a Funai e o Ibama informem sobre
o acatamento da recomendação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">COAÇÃO –</span></b> Na recomendação, o MPF
destaca que, ao longo dos últimos anos, o povo Waimiri Atroari construiu seu
próprio regulamento de consulta livre, prévia e informada, o qual orienta o
poder público e eventual empreendedor quanto à forma pela qual tal povo
indígena deve ser consultado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">No entanto, a despeito dos
entendimentos expressos nas decisões judiciais e da abertura para diálogo
mostrada pelos indígenas, a Eletronorte decidiu suspender os repasses de
convênio firmado com a Associação Comunidade Indígena Waimiri Atroari (ACWA), a
título de compensação pela construção da Hidrelétrica de Balbina, caso os
indígenas não concordem com a continuidade do procedimento de licenciamento
ambiental. O MPF considera a decisão “prática abusiva e de coação, em flagrante
desrespeito à autonomia do povo Waimiri Atroari, o que torna viciada e,
portanto, nula, qualquer manifestação de consentimento eventualmente apresentada
pelos indígenas”.<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Fonte: <span style="color: lime;">Folha Web</span></span></div>
Meio Ambiente Técnicohttp://www.blogger.com/profile/07048579147921532029noreply@blogger.com0